A Psicologia define o Ego como um princípio de organização dinâmica, um
diretor e avaliador que determina nossas experiências e ações, o núcleo da
nossa personalidade. O termo apareceu em pela primeira vez em 1914 e se refere
ao “Eu Ideal”, consta de um artigo escrito por Freud intitulado: “Uma Introdução
ao Narcisismo”. E o que narcisismo tem a ver com ego? Tudo. É preferível não
avanças demais nesta parte, porque o foco aqui é entender o que é o Ego, da
possível.
Basta saber que quando somos
bebês, precisamos ser ”narcisados” por nossos pais; necessitamos ser objetos de
amor e desejo para conquistarmos uma noção unificada de nós mesmos. A criança
se identifica com os anseios e as carências dos pais e isso fica incrustado na
nossa psique a fim de constituírem os rudimentos do nosso eu. Um bebê nasce sem
qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu; a primeira
coisa da qual ele se torna consciente não é ele mesmo é o outro. Isso é
natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os
ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o
exterior. Nascimento significa vir ao mundo: o mundo exterior e o bebê nasce
nesse mundo, abre os olhos e vê os outros e o outro significa o tu.
FREUD –
O Ego ou Eu é o lugar em que “se reconhece”, o eu de cada um designa na
teoria psicanalítica uma das três estruturas da psique: Id, Ego e Superego. Para Freud, o ego é parte da personalidade que media as
demandas do ID, Superego e da realidade. O ego nos impede de
agir em nossos impulsos básicos, mas também trabalha para alcançar um
equilíbrio com os nossos padrões morais e idealistas. Enquanto o ego opera
tanto no pré-consciente quanto no consciente, os seus fortes laços
com o ID significam que também opera no inconsciente..
Freud, em seus primeiros trabalhos, sugeria a divisão da vida
mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, assim
como a parte visível do iceberg, seria pequena e insignificante, preservando
apenas uma visão superficial de toda a personalidade; a poderosa porção
inconsciente - assim como a parte submersa do iceberg - conteria os instintos,
as forças propulsoras de todo comportamento humano. O ego, para Freud, opera
com base no princípio de realidade, que trabalha para satisfazer os desejos do
id de uma maneira que seja realista e socialmente adequado. Por exemplo, se uma
pessoa te fecha no trânsito, o ego te impede de perseguir o carro e agredir
fisicamente o motorista infrator. O ego nos permite ver que esta resposta seria
socialmente inaceitável, mas também nos permite saber que existem outros meios
mais adequados de descontar nossa frustração.
REICH –
O
conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud e Reich
apenas acrescentou o conceito de couraça caracterológica* que inclui a soma
total de todas as forças defensivas repressoras organizadas de forma mais ou
menos coerente dentro do próprio Ego. O Ego é lógico e racional. Sempre faz
um meio campo entre o mundo interno e externo, lidando com a estimulação que
vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Assim, o ego atua como
mediador entre o id e o mundo exterior, tendo que lidar também com o superego,
com as memórias de todo tipo e com as necessidades físicas do corpo. A sua
energia é extraída do Id.
* Com esse raciocínio, as couraças de caráter eram vistas agora como
equivalentes à hipertonia muscular. O termo Caráter Genital foi usado por Freud
para indicar o último estágio do desenvolvimento psicossexual. Reich adotou-o
para se referir especificamente à pessoa que adquiriu potência orgástica.
JUNG - O “eu”, ou ego, é um termo usado por Jung para representar o complexo
que constitui o centro da consciência. Ele compreende toda a consciência que um
indivíduo tem de si, suas qualidades e características relacionadas ao contexto
social a que pertence, sua personalidade total. O “eu” é uma função mediadora
entre o consciente e o inconsciente, entre o individual e o coletivo. É ele que
organiza a mente consciente por meio das percepções conscientes: pensamentos,
sentimentos e recordações, e tem a função de vigiar a consciência, filtrando as
experiências do dia-a-dia, selecionando quais se tornarão conscientes e quais
serão relegadas ao inconsciente. Como consequência desta seleção e eliminação
da consciência, que será comandada pela função psíquica dominante do sujeito, o
“eu” dá identidade e coerência à personalidade. O Ego contém tudo aquilo que o
sujeito sabe de si próprio, ou seja, todas as características por ele aceitas:
aquelas que estão de acordo com os princípios, os ideais e os valores do
contexto social em que o próprio sujeito se reconhece.
O ego é um fenômeno cumulativo, um subproduto do viver com
os outros. Se desde criança vivêssemos sozinhos, não desenvolveríamos um ego; permaneceríamos como animais, o que não significa que conheceríamos nosso verdadeiro eu. O nosso Eu verdadeiro só pode ser conhecido através do falso, e por isso o ego é uma necessidade. Só conhecemos o nosso verdadeiro Eu através da ilusão, pois temos que conhecer o falso, para poder determinar o que é o verdadeiro. Através desse encontro, nos tornamos capazes de reconhecer a verdade, pois se sabemos o que é mentira a verdade nasce em nós.
O ego é uma necessidade social. A sociedade significa tudo o que está ao nosso redor; tudo, menos nós. Nosso em torno é a sociedade (Matrix) e todos a refletem. Iremos à escola e o professor refletirá quem somos, faremos amizade com os outros e eles refletirão quem somos e tudo e todos estarão adicionando algo ao nosso ego, tentando
modificá-lo, de modo que não nos tornemos um problema para a sociedade. Eles não estão interessados em nós, estão interessados
na sociedade. A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria
ser. Eles não estão interessados no fato de que nós deveríamos nos tornar conhecedores de nós mesmos. Interessa-lhes que nos tornemos uma peça eficiente no
mecanismo da sociedade e nos ajustemos ao padrão. Os outros estão interessados em nos dar um ego que se ajuste à
sociedade; nos ensinam como nos comportar e nos condicionam de maneira que nos ajustemos à sociedade. Se não seguirmos a "cartilha", seremos sempre desajustados em um
lugar ou outro.
E passamos muito do nosso tempo, desejando sermos aceitos, sermos "bonzinhos". Ser "bonzinho", ter "moral", significa simplesmente que devemos nos ajustar à
sociedade. A moralidade é uma política
social, é a diplomacia, a educação e toda criança deve ser educada de tal forma que ela se
ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em
membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que deveríamos chegar ao autoconhecimento.
O conceito de “Eu Ideal” contempla a importância determinante do objeto externo
na constituição psíquica. A atitude afetuosa dos pais revela algo do próprio narcisismo colocado no bebê: o
filho tenderá a ser supervalorizado, receberá os privilégios vetados aos
adultos, o que corresponde à conhecida expressão de Freud: “Sua Majestade – o
bebê”. Assim, os pais buscam em seu filho um reduto aos seus desejos narcísicos
infantis, seus ideais de plenitude e de imortalidade. Essas expectativas
parentais podem às vezes ser reconhecidas desde a escolha do nome atribuído ao
bebê, quando há uma alusão a uma figura poderosa, bela, ou uma reprodução do
próprio nome de um dos genitores. Mas se na constituição do Eu Ideal o papel
principal tende a ser dos pais, cada indivíduo precisará romper esse mandato
narcisista inicial ao longo do crescimento emocional, senão permanecerá
subordinado aos ideais parentais. No desenvolvimento saudável, o esperado é uma
gradual renúncia à onipotência narcísica, alinhada a uma ampliação das relações
com a realidade externa, com suas inevitáveis frustrações.
Quando vc "se encontra" com o seu “Eu” com o conhecimento de si
mesmo, precisa ter muito conhecimento sobre como o seu "mecanismo"
funciona. Aqui na 3D somos representados pela fórmula C³ ( cabeça+ coração
+corpo), e em nossa "cabeça" temos todo um complexo de processos e
processamentos; a um desses "habitantes" denominamos: ego, que tanto
pode nos salvar, como nos condenar. Somos salvos pelo coração, pois o amor
sempre é a melhor resposta; Mestre Sananda já dizia “Ama ao próximo como a ti
mesmo”. Todavia somos tentados regularmente pelo ego, que é parte integrante de
nós mesmos. Pensando e procurando rever informações sobre essa questão e num
exercício extenuante para adestrar o meu ego, encontrei um texto do meu amigo
Juan Valdez muito interessante:
"Quando
alguém decide tomar um caminho, na procura do conhecimento e da recuperação da
energia, muitas coisas vão acontecer, teremos que ter coragem principalmente
para enfrentar nosso maior inimigo: nosso mal educado ego, que se agiganta e se
toma direitos que não lhe pertencem.
É aquela voz
interna superficial que toma conta de nossos pensamentos e que nos fala e
justifica nossa falta de atitude e intenção, infunde muitas vezes um medo
terrível, essa voz só se apagará quando entremos em espaços internos que ela
não pode entrar, neste caso em meditação profunda nos espaços da alma e do
coração.
Quando falo
meditação profunda não falo em dormir, a pesar que no início muita gente durma.
O fato de dormir não faz mal, mais nos tira de nosso eixo geo magnético que é o
aqui e agora, é nosso planeta e a conexão de força que ele nos transmite.
Não podemos
esquecer que nos somos transformadores de energia, estamos entre o céu e a
terra. Na meditação preparamos nosso corpo para que ele suporte as mais altas
vibrações totalmente em consciência, desta forma todos os trilhões de células
físicas serão afetadas e com isso, nosso DNA será pouco a pouco normalizado com
as frequências originais que por direito cósmico nos pertencem.
Estamos
vivendo uma época maravilhosa onde tudo isso esta acontecendo, só temos que ter
firmeza, perseverança e muito, muito amor em nosso coração."
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda – CRTH0230
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