domingo, junho 28, 2020

HORA DE CRESCER


Emoções na perspectiva do crescimento pessoal - Márcio Simioni


Todas as pessoas se dão conta do crescimento físico porque ele é visível, mas poucos são aqueles que dão importância ao crescimento interior, porque ele não é palpável ou visível; ele apenas pode ser sentido. Muito mais importante que o crescimento físico é o crescimento interior, pois quanto mais nos desenvolvemos interiormente, maior a conscientização do “sentir”. O “sentir” indica índice para nossa vida e “estar” bem, depende do quanto se sente.

Certa vez, li que o crescimento interior “pode ser comparado com uma escada de muitos degraus” e que cada degrau representava um passo na evolução do ser humano, e no topo desta escada encontra-se o amor incondicional. Fiquei imaginando a mais linda das escadas, que terminava com  um magnífico portal de Luz dourada: Amor.

Que dificuldade tem-se para atingir esse portal... mesmo sabendo que o Amor é a Luz de nossas vidas, é a energia que nos harmoniza, a força que nos impulsiona, o elemento que mais interfere em todos os aspectos de nossas vidas: espiritualidade, relacionamentos, trabalho, saúde...

Conscientizar-se do crescimento interno, passa por muitas oscilações de sentimentos, variações de humor; mas a medida que vamos intensificando nosso “sentir”, a sensação de “bem estar” também cresce e nos harmoniza com o mundo e com os seres.

Quando se chega ao topo da escada, desenvolveu-se emocionalmente, percebeu-se a estreita ligação que temos com todo o Universo. Tem-se a certeza de ser amado e o desejo de, de alguma forma, retribuir à humanidade. A cada degrau que galgamos, firmamos a nossa capacidade de equilíbrio e realinhamento com frequências positivas e nos afastamos da negatividade, de tudo que nos prende na evolução, do medo.

É preciso que se aspire ao Amor e se ressalte nossa capacidade de compreensão; pois compreender o mundo que nos cerca é a melhor maneira de usufruirmos da nossa totalidade, confiamos no que a vida nos reserva... sem limites.

O crescimento interior faz com que nosso mundo se modifique, se torne melhor. Sartre já dizia “Nós somos a nossa escolha”, cada um de nós vive no mundo que criou e, crescendo, evoluindo interiormente, amplia-se a capacidade de percepção, tanto do que nos rodeia (fatores externos), como em relação ao que sentimos (fatores internos) e facilita-se a compreensão do mundo.

A maneira como se percebe o mundo e a interpretação que damos, determina a nossa realidade, tudo que nos acontece depende de como percebemos, é fruto de nossas mentes. Pode-se decidir “subir” ou “descer”, faz parte da aprendizagem e temos livre arbítrio para isso.

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No início desta escada, pode-se denotar alguns sentimentos “menos nobres”; o preconceito, a ignorância, o medo, orgulho, falta de humildade... tudo o que diz respeito aos mais elementares dos sentimentos humanos. As pessoas que se encontram no início da escada ainda são centradas em si mesmas e não têm consciência do outro; o importante é beneficiar-se, não importando o estrago que possa causar.

Antes de qualquer “despertar”, todo ser humano não é coerente, desconfia do mundo, sente-se sozinho, acuado e assim torna-se agressivo pela insegurança, sendo capaz de qualquer ação prejudicial. Aos poucos (de degrau em degrau), a pessoa vai evoluindo e percebe que não existe apenas a “sua” verdade, mas que as “verdades” coexistem dentro de um mesmo mundo, onde existe a noção de “certo” e “errado”, e que tentar impor condições, nem sempre vai contabilizar ganho.

Todos nós projetamos o que sentimos e para “amar o próximo”, é preciso amar-se; quem não está contente com si mesmo, não conseguirá fazer ninguém feliz. O encontro vai ocorrer após subir-se muitos degraus na escada; parte-se do despertar da consciência, onde vencemos os medos, as inseguranças, o egoísmo, a agressividade e caminha-se para o desenvolvimento interior, quando compreendemos que ainda não somos um todo, e apenas uma parte milimétrica dele.

Abrir-se para a vida é o resultado de longo exercício de escalada; é na medida em que a pessoa começa a compreender melhor o que está a sua volta e saber que é capaz de interagir, que a sua mente torna-se construtiva e aflora a autoconfiança, permitindo assim, a satisfação com o seu próprio desempenho e o encontro com sua riqueza interior.

A qualidade de vida de qualquer pessoa está intimamente ligada ao modo pelo qual ela sente o mundo. Todos devemos ter em mente o nosso crescimento interior, porque é através dele que acrescenta-se a harmonia e a paz, não apenas no nosso mundo, mas em toda a Natureza, equilibrando todas as frequências e transformando Gaya num lugar melhor.
                              

A Luz e a Sombra coexistem, mas há que se escolher a Luz, porque nela está impressa a evolução; ao contrário, as Sombras representam destruição, regressão. O homem, mesmo que lentamente, sabe que deve “subir a escada”; a cada degrau, sempre vai acrescentar algo positivo para sua vida e aumentando a sua capacidade de compreender, despertando e desenvolvendo a sua consciência, vai atrair Paz e Harmonia para si, para sua vida interior e consequentemente, emiti-las para o mundo exterior.

O aprendizado da vida é feito por meio das experiências pelas quais passamos (subidas e descidas na escada da evolução); para se ter experiência é preciso coragem... mas, por piores que as dificuldades possam parecer, somos todos capazes de supera-las com persistência e força. Poderemos galgar vários degraus rapidamente, mas podemos escorregar muitos também; é o envolvimento nessa intensa caminhada, nessa busca espiritual que vai dar base para profundas revelações e modificações em nossa vida.

Quando inicia-se a “subida da escada”, aquilo que parecia certo no passado, perde sua importância, pois já estamos no caminho da concretização de um ideal mais elevado e a nossa consciência desperta nos traz a fase de boas colheitas, de compreensão, de Luz e de muito Amor.

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê

Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

sábado, junho 27, 2020

RESGATANDO A ALMA


Nossa Alma por vezes se fragmenta, e os pedaços se perdem; todavia nem tudo se perde, existem muitas maneiras de se trabalhar o resgate dessas partes de nossa Alma. Temos sido orientados por nossos guardiões e Mestres no sentido de resgatarmos tudo o que foi perdido, e uma das maneiras é nos dedicarmos ao espiritual, a um caminho de busca que nos leve, não apenas a nos conectarmos como nossas "partes perdidas", como também ajudarmos outras pessoas a recuperarem sua Luz.

Quando começamos a buscar nossos fragmentos, iniciamos uma procura por espiritualidade, porque muitas vezes nesse processo de perda, não perdemos apenas um pequeno fragmento da alma, perdemos a nossa identidade, a profundidade de nossa fé. Descobrimos que fomos condicionados por outros fatores e outras pessoas. Aprendemos culturalmente que temos limites, que não podemos ir além deles... todavia espiritualmente falando, somos ilimitados, temos o Universo em nós. Socialmente nos dividem em carências, necessidades, imposições, regras a seguir e nos ânsia não darmos conta de tudo isso... e aos poucos vamos nos repartindo, cada vez mais... até que acabam existindo duas opções: ou se morre, ou se vai atrás de nossos pedaços para reerguer o todo.

Como fragmentamos a nossa Alma? 
A perda de parte de nossa Alma se dá por muitos motivos, dentre eles podemos citar vários traumas provocados por; acidentes, decepções e perdas afetivas, tragédias familiares, abusos sexuais, exercício do poder, materialismo... Nenhum de nós está imune a estes fatos e quando sentimos que, de alguma forma, fomos afetados por eles, temos que buscar um caminho que nos reabilite e nos confira o poder de trazer de volta nossa estrutura original de Luz, mantendo então o equilíbrio e não correndo o risco de nos fragmentarmos novamente. Podemos nos livrar de todos os sintomas de dissociação e encontra nossos fragmentos perdidos, trazendo-os de volta e reestruturando o nosso antigo Ser.

Platão cindiu o ser humano em duas instâncias objetiva e subjetiva inconciliáveis, e, assim, encaminhou a razão humana pela rota da fragmentação. A evolução da nossa cultura deu se por esse caminho, consolidada pela lógica de Aristóteles que aprisiona a razão humana em um plano de causalidade e pelo paradigma cartesiano que resume o mundo ao contido no espaço tridimensional. 

Qual foi o resultado? 
Uma civilização ocidental, manifestamente fragmentada, dicotômica, materialista, científica, pragmática e antropocêntrica, geradora de um homem que acredita ser a obra prima da natureza e o ápice do processo evolutivo. Mas, como não estamos sozinhos e "Somos todos Um", descobrimos ser perfeitamente possível seguir uma rota alternativa à da fragmentação da alma, mediante a especificação do Divino em nós e assim, gerando uma visão multidimensional de universo, nitidamente mais complexa, consistente e reveladora.

Nós fazemos a realidade; onde colocamos nossa intenção lá estaremos; pois é nosso ser que se expande e se conecta com a vibração atraindo sua energia para interagir. Somos como usinas em constante troca com energias, promovendo o dinamismo do processo que somos e definindo a qualidade daquilo que emitimos. Depende da qualidade de energia que aceitamos como combustível, a qualidade daquilo que produzimos e doamos ao ambiente. Se nosso ambiente sempre se mantém contaminado de sentimentos, pensamentos, valores e crenças, desarmônicas e excludentes. Encontraremos dificuldades em nos conectarmos com a fonte criadora de onde vem a inspiração da intuição.

Através de trabalhos relacionados com a espiritualidade, como jornadas xamânicas, meditação coletiva ou individual, desintoxicação alimentar, rodas de cura podemos aprender a encontrar fragmentos perdidos da alma, a forma de recuperá-los e de como os trazer de volta à estrutura do nosso Ser. E mais, poderemos aprender como os manter esta nossa estrutura, de forma que ela não possa ser novamente objeto de fragmentação; estaremos protegidos pela Luz e sem que haja necessidade de um novo resgate da Alma. Os sintomas serão de unificação e não de dissociação e nos sentiremos novamente unificados, completos... capacitados para compreender o nosso lugar neste mundo e finalmente, relaxarmos na paz e na alegria de sermos plenos...

Se não estamos completos, se ainda nos faltam fragmentos, temos espaços em abertos e energias intrusas podem se alojar neles em detrimento da Luz. Vamos perdendo a pureza da criança, nos permitimos viver novas experiências internas e então surge a coragem do animal, que manifesta sua tenacidade ao enfrentar os obstáculos, o medo passa a ser usado para impedir a ação sensível, e não para estimular a criatividade; a sabedoria da nossa criança interior, nossa alma, que deveria dirigir a construção do pensamento não encontra espaço para agir percebendo a presente realidade, se fixando em tempos irreais. 

A fuga da realidade apresenta os bloqueios e as desculpas para não assumirmos a responsabilidade por nossas vidas vai aumentando e com o aumento dos estímulos desarmônicos criamos um ciclo vicioso de fragmentação e contaminação do Ser, e em conseqüência, surgem mais desfragmentações que nos impedem de reerguer a estrutura essencial , nos dominam pelo social e impedem a livre expressão e a liberdade.

O que temos de Divino está em nossa Alma, e devemos buscar cada fragmento dela, por menos que possa ser, em todos os lugares e de todas as formas que nos sejam possível. Seja qual for o Caminho que escolhamos, ele deve ter orientadores que nos ensinem a resgatar a nossa criança interior; que nos iniciem em inúmeras práticas, otimizando o nosso modo de ver, sentir e remover qualquer energia que queira preencher o espaço que, por hora, está vazio, mas que voltará a ser complementado com muita Luz. 

E quando conseguirmos resgatar esta Luz, este fragmento de nossa Alma, teremos a generosidade e a compaixão de orientar outros a seguir pelos mesmos caminhos, preparando o nosso regresso para casa. E neste tipo de resgate, todas as práticas ancestrais nos integram e ensinam vários rituais de Cura e de Amor, que nos fortalecem enquanto unos e amorosos.

Na Antiguidade os xamãs (terapeutas dos lugares esquecidos) já postulavam uma prática curativa não dual, e consideravam o ser humano como uma totalidade corpo/alma/espírito. Filon explicava a condição humana em: basar (a dimensão corporal); nephesh (alma ou dimensão psíquica); nous (consciência ou psiquê em paz) e rouah (espírito ou dimensão espiritual). 

Assim saúde plena para os terapeutas, refere-se ao corpo, à alma e ao nous quando são habitados pelo Espírito; é a transparência do essencial no existencial; a tarefa considerada primordial para os xamãs era cuidar, já que é a Natureza que cura. Antes de tudo, cuidar do que não é doente em nós, do Ser, do espírito que nos habita e inspira. Também cuidar do corpo, templo do Espírito; cuidar do desejo, reorientando-o para o essencial; cuidar das grandes imagens que estruturam a nossa consciência; e cuidar do outro, o serviço à comunidade, implicando o próprio centramento no Ser.

Distanciamos-nos muito do equilíbrio de nosso Ser, e ainda acabamos fragmentando a nossa Alma. Então como seres doentes, temos que voltar à natureza sábia, a Mãe terra que nos cura e a todos os seus filhos que por tradição, ajudam a manter um jardim para o cultivo e pleno florescimento do ser humano, "sacerdote da criação", ponto de encontro do universo consigo mesmo, ponto onde resgataremos nossas Almas. 

Todo trabalho de Cura permite utilizar as energias da Quinta Dimensão que atua segundo a Lei da Misericórdia para curarmos a nós mesmos e a outros, curarmos à distância e curarmos a Mãe Terra. Resgatando nossa Alma, nos conectamos ao nosso Eu Superior que passa a dirigir mais diretamente nossa vida cotidiana. O desenvolvimento espiritual libera, ativa e nos traz mais harmonia em nossa vida, porque assim, nos adequamos as Leis do Universo.

Resgate a tua Alma, encontre o teu caminho, medite diariamente. E no exercício diário que nós estabelecemos Canal de Luz, estabelecendo um fluxo constante entre o Criador do Universo e o Coração de Cristal no centro da Terra. 

Esta conexão só acontece quando nossos chakras estão limpos, energizados, expandidos, passando assim a irradiar boa qualidade de energia, que vai ser centralizada no chakra cardíaco e nos deixa em profundo estado de gratidão, plenitude e amor. 

Podemos resgatar nossa Alma, sermos plenos em nossas vidas, acelerando o processo da cura pessoal em todos os níveis e conseqüentemente, ampliarmos nossos sentimentos de fé, equilíbrio, liberdade, criatividade. Sem desfragmentações, dissolveremos antigos bloqueios energéticos e poderemos "olhar" como a nossa criança interior olha: sem limites, vendo o invisível, ouvindo o inaudível... inclusos numa geometria sagrada perfeita.

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

ESPÍRITO APAIXONADO EM NÓS




* Saviitri Ananda*

Todos nós conhecemos o nosso lugar no Universo e sabemos que damos e recebemos em igual medida. Amadurecemos e compreendemos o fluxo dos dias na espiral do tempo e concedemos honra aos nossos Mestres, ancestrais e aqueles com muitos dias, porque são eles que nos orientam; nos guiam e lideram aqueles que são mais jovens; são eles que honram as mudanças e transições em nossas vidas, que suportam estar em outras, e assim , honrando a eles, a todas as crianças, a todos os seres, honramos a nós mesmos. Mas, há que se ter cuidado para não nos esquecermos e não nos apressarmos através da vida, não gerarmos um pânico de atividades... pois então não poderemos nos encontrar e não atingiremos a Nova Era, o despertar da paz perfeita.

Temos batalhas a serem vencidas, mas devemos ir mais devagar. Precisamos ouvir a canção do Universo, a ressonância do encontro perfeito entre o Yin e o Yang. A antiga Terra é masculina, a matéria é dura e não se rende; o Centro Galáctico é feminino, a energia é luz, fluida e flexível. No seu ato de se acasalar a Terra é envolvida e abraçada pela Deusa; as ondas da sua paixão e êxtase são as ondas de luz e energia que nós sentimos agora. Sabemos o nosso lugar no Universo e também sabemos que damos e recebemos em igual medida; compreendemos o fluxo dos dias na espiral do tempo e devemos conceder honra àqueles com muitos dias.

Mas... quando nos esquecemos e nos apressamos através da vida, em um pânico de atividades... então não podemos nos encontrar e não podemos usufruir da dádiva de perfeita paz. Vamos compartilhar desta paixão, encontrando o nosso próprio espírito apaixonado, o casamento do Céu e da Terra em nós mesmos. Precisamos manter os pés no chão, mas sempre objetivando alcançar as estrelas... Sejamos como as Grandes Árvores enraizadas na terra, mas sempre direcionadas para o lado luminoso, sempre tentando alcançar a Luz.

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê.
Saviitri Ananda - CRTH0230

sexta-feira, junho 26, 2020

IN LAK'ECH ALA KIN



É uma saudação Maia. Na tradição dos Maias, há um cumprimento que muitas pessoas que trabalham com a sabedoria Maia conhecem. É a lei In Lak’ech Ala K’in, que significa eu sou outro você, ou eu sou você, e você é eu (uma interpretação tradicional Maia). Esta saudação é uma honra para o outro, pois é uma afirmação de união e de unidade. In Lak’ech Ala K’in espelha o mesmo sedimento de outras lindas saudações como Namastê para a Índia Oriental, Wiracocha para os Incas e Mitakuye Oyasin para os Lakota. Não importa de que cultura vem, mas quando uma destas saudações sagradas é dada, há sempre um movimento de colocar as mãos sobre o coração.

Hoje sabemos que cada ação que tomamos nas nossas vidas afeta todas as coisas vivas. Entendemos que, se agirmos negativamente, as nossas ações terão um impacto negativo em toda a vida. Quando agimos de maneira positiva, afetamos toda a vida de uma maneira positiva. Quando vivemos no código Maia do In Lak’eck Aka K’in, sabemos que cada acão que empreendemos é por respeito para com toda a vida, e estamos a viver e a dar dos nossos corações.

In Lak’ech Ala K’in!

DIA DE CÃO





Hoje é dia de Cachorro, energia de Amor, Fidelidade, Companheirismo e mais do que em qualquer tempo, não podemos ficar parados e acomodados às situações. 

Urge que mudemos, transformemos... a ordem é AMAR, transgredir, transpor, transformar e ir à luta. Enquanto pensamos que estamos parados, tudo vai mudando a nossa volta, pois nossa mente jamais ficar parada e tudo se movimenta num um grande processo de evolução. 

Então, observe os sinais que lhe levam a agir em certa direção e vá. Não se detenha nesse grandioso processo que é a evolução. Por isso não devemos nos deter diante de um suposto obstáculo, afinal ele é uma ilusão que nós mesmos criamos e por isso devemos contorná-lo. 

Mantenhamos os pés no chão. 

Amar,Orar e Vigiar; confiar sempre no ser superior, pois estamos sendo ajudados em todos os momentos de nossa vida. Existem seres que nos orientam, guiam, instruem e nos mostram a direção, não estamos sós.

Bjos no Coração

Abraço na Alma
Namastê
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

quinta-feira, junho 25, 2020

LUA & METAMORFOSE

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A Lua favorece algumas mudanças e a aplicação de projetos. Devemos nos nutrir com bons pensamentos, boa alimentação e boa música; procuremos nos conectar à boas frequências. Quando sentirmos que nossa vibração está baixa, respiremos bem fundo 7 vezes e nos imaginemos no lugar que mais nos dá prazer.

Potencializar a nossa energia vital é a ordem para o fim de semana, pois assim estaremos expandindo todos os nossos projetos.

Deixar fluir nossas emoções, purificar as nossas atitudes e perdoar qualquer coisa que estejamos condenando em nós.

 Sintonizar-nos com o momento presente para que possamos edificar o futuro com alegria. Nossa criatividade deve ser estimulada através do "tempo arte".

Que tal nos des-condicionarmos dos hábitos socialmente estabelecidos e dar vazão a nossa espiritualidade para que possamos dar asas ao nosso ser?


Sigamos a intuição, busquemos a nossa Criança Interior e as mensagens que ela nos traz do inconsciente. Afinal tudo é questão de energia e podemos materializar nosso pensamento. Somos Co-Criadores da realidade que nos cerca.

O espírito brincalhão é um dos conteúdos mais reprimidos do ser humano.  Nossa sociedade, nossa cultura dão veto a ele porque quem cresce mantendo dentro de si a alegria de uma criança não vive e tendo como objetivo principal somente o dinheiro e o poder.  A cada pessoa que consegue se manter fiel a essa Criança Interior há muitas outras que sucumbem; mas, felizmente, esse espírito é algo indestrutível e permanece latente por mais que tenha sido sufocado no decorrer da existência.

Existe um linda criança dentro de cada um de nós, talvez ela tenha sido negligenciado ao longo do tempo; mas dentro de nós está aquela criança divertida, curiosa, que talvez não tenha podido se expressar e perder o controle. Libertando-a, estaremos conquistando nosso bem estar e acessando uma frequência altamente positiva.


Caso perceba-se envolvido por frequências negativas, procure olhar como um observador para elas e buscar soluções sábias, sempre acreditando que tem o poder para isso.

Bjos no Coração

Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda- CRTH/BR0230

terça-feira, junho 23, 2020

INTI RAYMI - FESTA DO SOL


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Inti Raymi (em quéchua, "Festa do Sol") é um festival religioso incaico em homenagem a Inti, o deus-sol. Marca o solstício de inverno do hemisfério sul nos Andes. O local de realização da cerimônia é a fortaleza de Sacsayhuamán (a dois km de Cuzco), no dia 24 de junho de cada ano. Tive oportunidade de participar desta maravilhosa festa em Copacabana, na Bolívia, num lugar chamado Inti Kala. A festa nativa ocorre paralela a festa de Ns.Sra.de Copacabana. Todos os clãs descem a cordilheira e oferecem o melhor de suas colheitas e sua melhor comida. Há a representação da chegada de Tata Inti, um espetáculo colorido e repleto de significados e  amor às origens e uma Roda de Xamãs que  agradecem e pedem proteção para o próximo ciclo.

Durante a época dos incas, o Inti Raymi era o mais importante dos 4 festivais celebrados em Cusco, segundo relata o Inca Garcilaso de la Vega, e indicava o início do ano assim como a origem mística do Inca. Durava 9 dias nos quais se realizavam danças e sacrifícios. Hoje em dia temos uma grande festa em Cusco, que dura os 9 dias numa interação entre a cultura nativa e o catolicismo. Muitas cerimônias, missas, procissões e desfiles de clãs e escolas. O que me deixou muito encantada foi o amor às origens; todos com muito orgulho, vestem os trajes de seus respectivos clãs. É algo semelhante ao nosso Carnaval, mas com nacionalidade e muita alegria.

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O último Inti Raymi com a presença do Imperador Inca, foi realizado em 1535. Foi proibida em 1572 pelo Vice-Rei Francisco de Toledo, por ser considerada uma cerimônia pagã e contrária à fé católica, sendo realizada posteriormente de forma clandestina. Em 1944 foi realizada uma reconstrução histórica do Inti Raymi por Faustino Espinoza Navarro (que em 1953 fundaria a Academia do Idioma Quéchua). A reconstrução foi baseada na crônica do Inca Garcilaso de la Vega e só se refere à cerimônia religiosa. Desde essa data em diante, a cerimônia voltou a ser um evento público e uma grande atração turística.

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Na época dos incas, esta cerimônia se realizava na praça Aucaypata, hoje, Plaza de Armas de Cuzco, sendo assistida pela totalidade da população da cidade (talvez umas 100 mil pessoas). No dia 24 de junho (solstício de inverno no hemisfério sul), quando a Terra se encontra no ponto de sua órbita mais distante do Sol, começava o ano novo incaico, evento associado ao próprio surgimento da etnia inca. Garcilaso de la Vega nos diz que esta era a principal festa e para ela acorriam "los curacas (chefes tribais), señores de vasallos, de todo el imperio (...) con sus mayores galas y invenciones que podían haber". A preparação era severa, pois nos anteriores "tres dias no comían sino un poco de maíz blanco, crudo, y unas pocas de yerbas que llaman chúcam y agua simple. En todo este tiempo no encendían fuego en toda la ciudad y se abstenían de dormir con sus mujeres". Para a cerimônia em si, as virgens do Sol preparavam uns pãezinhos de milho.

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Neste dia, o soberano e seus parentes esperavam descalços na praça pelo surgimento do Sol. Colocando-se de cócoras ("que entres estos indios es tanto como ponerse de rodillas"[joelhos], esclarece o cronista), com os braços abertos e jogando beijos para o ar, recebiam o astro-rei. Então o inca, com dois vasos de ouro, brindava com chicha: do vaso da esquerda bebiam os parentes do soberano, e o vaso da direita era derramado em uma jarra de ouro.

Depois, todos iam ao Corincancha (ou Qorikancha, o "Templo do Sol") e adoravam o Sol. Os curacas entregavam as oferendas que haviam trazido de suas terras e logo o cortejo voltava à praça, onde se realizava grande sacrifício de animais ante o fogo novo que se acendia utilizando como espelho o bracelete de ouro do sumo sacerdote. A carne dos animais era repartida entre todos os presentes, assim como grande quantidade de chicha, prosseguindo os festejos durante os dias seguintes.

Hoje, o Inti Raymi, como não poderia ser de outra forma, tem um aspecto distinto, de espetáculo dirigido tanto aos turistas quanto aos próprios cuzquenhos, para quem é um ponto de referência de sua consciência nativa. Por este último aspecto, desperta tanto entusiasmo e participação maciça.

A representação, da qual participam milhares de pessoas, começa em frente ao Coricancha, de onde o "Inca" realiza uma invocação ao Sol. Os espectadores, entretanto, esperam na esplanada de Sacsayhuamán, até que o cortejo se apresente. Este ingressa no cenário levando o "Inca" em sua liteira por grupos que representam os moradores dos quatro cantos do Tawantisuyu. Depois, é realizado o "sacrifício" de uma alpaca e o "Inca" invoca seu pai, o Sol.

O roteiro da representação foi escrito em quéchua por Faustino Espinoza Navarro, que durante 14 anos (de 1944 a 1958) representou o papel de Inca moderno. Ele conta que nos anos 1940, estudou as crônicas do Inca Garcilaso de la Vega que descreviam o Inti Raymi e, inspirado, redigiu o roteiro do que viria a ser o novo festival.

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Com quase sessenta anos de existência, o novo Inti Raymi é agora parte inseparável da vida de Cuzco. Não só é a principal cerimônia do mês na cidade, mas também sua fama transcendeu as fronteiras peruanas e também, dentro delas, tornou-se um exemplo para outros festivais de identidade nacional, como o Sóndor Raymi que é encenado em Andahuaylas.



FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inti_Raymi

segunda-feira, junho 22, 2020

INVERNO E ENTENDIMENTO

Inverno no Brasil: veja os recordes de temperaturas mínimas já ...

Entramos no Inverno e o Deus Sol acaba de nascer e doravante ganhará a cada dia mais força; o deus recém nascido é o novo ciclo que se inicia, promessa e luz. Ainda requer muitos cuidados, mas daqui alguns meses estará esplêndido, com toda sua força e calor nos brindando com a Primavera.

Estamos num período de recolhimento, meditação, reflexão sobre o mundo e sua vida, em que nos conscientizamos sobre nossos hábitos, temos de nos conhecer melhor para saber onde podemos nos aprimorar. A árvore que enfeitamos no Yule nos lembra da Primavera futura, mas em parte representa a nós mesmos, e nos traz as lembranças, sentimentos e projetos para o futuro.

              
Nossa energia deve ser direcionada para a autotransformação e por isso devemos catalizar a auto geração  para que tenhamos uma transformação completa. Essa mudança opera a partir do mundo espiritual e do coração universal. Por isso,  sejamos amigáveis e prestativos com as pessoas e as situações, liberemos a energia amorosa e sejamos receptivos. Estejamos presentes em todos os momentos e nos rejubilemos com a possibilidade de transcender todas as limitações e perseveremos através dos nossos caminhos. 

Vamos desenvolver a força de nossas intenções pois o único bloqueio à manifestação é não ter uma intenção clara. Devemos ser claros a respeito de onde viemos e para onde vamos para podermos agir e chegar lá, tendo nossas intenções como guias. Existe a necessidade de determinarmos coisas específicas que podemos fazer para que realizemos as nossas intenções, acrescentando o nosso Eu Interior. Transmita as informações que recebeu, adquira a capacidade de entender e usar a telepatia. 

Somos Filhos da Luz e temos poder e inteligência para harmonizar as pessoas; temos força cósmica,habilidade de comunicar e contatar com a consciência cósmica. Devemos focalizar a voz interior para que possamos avançar no caminho e nos liberarmos de nossos medos. Nessa semana, manifeste o que plenifica, o que alimenta a alma e dá a sensação de sucesso, satisfação e auto amor. Abra-se para receber o apoio do Universo a fim de criar abundância e aperfeiçoar suas manifestações.

Bjos no Coração
Abraço de Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

domingo, junho 21, 2020

TANTRA


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Quando comentei com uma amigo que iria estudar o Tantra, ele olhou pra mim, com um ar de menino levado e disse: "Oba!" Entendi muito bem a sua reação, pois em nossos dias, a mídia faz questão de colocar que o Tantra é uma forma de "ginástica sexual" ou ainda, a solução para qualquer relacionamento a partir da união física. Então, peço a você que esqueça este "bombardeio" de conceitos errôneos e que auxilie a colocar o Tantra, como o que realmente ele é: uma filosofia hindu de natureza comportamental tendo por principais características a sua natureza matriarcal, sensorial, naturalista e desrepressora. Fico muito feliz quando vejo que o TANTRA começa a ser visto como o que ele realmente é: própriocepção, filosofia de vida. A prática do Tantra é antes de qualquer coisa, consciência, para levar você de volta para sua casa, para sua origem divina. Os conceitos do Tantra são baseados no culto de Shiva e Shakti: visualiza o Brahman definitivo como Param Shiva, manifesto através da união de Shiva (a força passiva, masculina, de Shiva) e Shakti (a força criativa, feminina, de sua esposa, conhecida também como Kali, Durga, Parvati e outras).

Autores "especializados" em Tantra dizem que o Tantra surgiu entre 600 e 900 anos antes de Cristo, mas, na verdade, não se conhece a origem do Tantra; basta citar que o "vigyam bhairav tantra" remonta a 5 mil anos, todavia o Tantra ainda é muito anterior a este período. Nas tradições iniciáticas do Tantra têm-se que ele está inserido no contexto do processo formativo da humanidade, estando presente no desenvolvimento humano desde os primórdios. Jung relata que ele estaria inserido em nosso DNA, em nossos cromossomos e possui uma contraparte arquétipa, de complexo espiritual que desconhecemos ainda. A prática do Tantra se assemelha à prática do Yoga no que diz respeito ao alcance de um amplo estado de consciência superior, Bhúdico, chamado de hiperconsciência ou supraconsciência – um estado que não se alcança com a mente ou com a disciplina, pois é necessário ir além da mente.

O Tantra é uma ciência espiritual e mística , um modo de vida, orientado para o auto-conhecimento, para desenvolver mais consciência, sensibilidade, aceitação, naturalidade, totalidade e presença em todos os aspectos da vida. Tantra é viver e aproveitar a vida em seu máximo, sem barreiras, Tantra é viver e experimentar toda a beleza do aqui e agora, com a mente livre do passado e das expectativas do futuro. Está centrado no desenvolvimento e despertar da kundaliní, a "serpente" de energia ígnea, de natureza biológica e manifestação sexual, situada na base da espinha que ascende através dos chakras até se obter a união entre Shiva e Shakti (samadhi). Tantra é "Leela" (palavra de origem sânscrita que significa brincadeira, no sentido de que a vida é uma brincadeira, e não uma coisa séria). Assim ser "tântrico" é jogar o jogo da vida conscientemente, é saber-se de natureza básica e Divina e brincar no jogo da Vida um pouco mais.

Tantra é um termo muito amplo e a maioria dos trabalhos com o Tantra não trazem um compreensão clara da maravilhosa herança do que pretendem representar e incorrem na distorção e na vulgarização do sexo banal, do jogo de sedução e dos relacionamentos, como se o Tantra objetivasse isso. Tornou-se "tantrismo", uma evasão fácil, reduto para inúmeros degenerados morais e sexuais e mesmo em seu país natal, os ensinamentos Tântricos caíram em descrédito precisamente por causa do uso indiscriminado de muitos de seus fundamentos atrelados ao sexo e à sexualidade. Muitas pessoas também, pensam que o Tantra é Yoga; porque houve vertentes filosóficas que se apropriaram das fundamentações do Tantra original, associando-as com práticas e conceitos religiosos também a subverteram para várias fundamentações filosóficas, agregando formas e conteúdos antagônicos ao Tantra ( ex: karma e dharma).


O Tantra é comportamental, uma atitude espontânea pela qual o ser humano alcança um profundo sentimento de religiosidade, está impregnado de espiritualidade, mas não é religião; pois não possui dogmas, sistemas, preces, orações, rituais ou símbolos. No Tantra não se faz uso de mantras com a conotação usual que os mantras adquiriram, não se utiliza de mudras, de paramentações ou atitudes religiosas. Originalmente não está ligado aos "ismos" (budismo, hinduísmo, taoísmo, jainismo), embora algumas correntes ligadas a essas religiões tenham se utilizem, contraditoriamente, de fundamentos aplicados ao Tantra, alterando muitos de seus preceitos, incorporando ideologias e posturas que na essência desmontam todos os objetivos do Tantra e muitos crêem também que o Tantra refere-se à contenção ejaculatória de conformidade com o pensamento taoista como um caminho espiritual. Todavia em sua originalidade não prevê nenhum tipo de contenção ejaculatória, pois refere-se ao relaxamento e descondicionamento do corpo.

                              

Através do silêncio, da meditação o Tantra resgata o sagrado e o divino que existe em cada ser humano. Pelo ato da entrega e do relaxamento profundo, nos encontramos com o divino em nós e no outro, o triângulo perfeito. Muitos autores colocam que o tantra é composto por dois ramos: "mão esquerda" e a "mão direita" e embora o objetivo geral dos dois seja o mesmo, os processos utilizados diferem. A "mão esquerda"( Avidya ) está ligada muitas vezes à procura de poderes ocultos e à extroversão de energia psíquica sob forma de capacidades supra-normais e a "mão direita" (tantra do conhecimento) está ligada à canalização de toda a energia para a elevação espiritual do ser humano. No budismo tântrico se enfatiza a necessidade de supervisão  por um orientador de confiança.

O Tantra vê o corpo como um meio para o conhecimento; usa mantras (vocalização de sons e ultra sons em sânscrito), yantras (figuras geométricas) e rituais que incluem formas de meditação de grande complexidade, realizadas com orientação de uma pessoa experiente, pois podem ser fatais. Para que a compreensão profunda aconteça é necessário uma mudança de paradigmas onde a visão cartesiana, filosófica, religiosa e científica seja alterada para uma visão aberta ao novo, ao misterioso e ao desconhecido. O Tantra trata basicamente de relaxamento, aceitação e entrega, não tendo nenhuma relação com controle ou poder, com manipulação da energia seja através da mente ou sobre o corpo físico. Ele não se utiliza de ásanas ou posturas utilizadas como rituais; suas técnicas de meditação são dinâmicas e vivenciais, flexíveis, e podem ser modificadas pelo Mestre ou facilitador segundo a necessidade que cada indivíduo ou grupo apresentem no seu aprendizado. Não há rigor em Tantra, não há disciplina, não há imposições, oposições ou repressões e muitos princípios do Tantra estão presentes no Yoga porque o Yoga apropriou-se desses princípios, integrando-os ao  seu sistema, dando a impressão de que pertencem ao Yoga.

O contato com Tantra, possibilita uma espécie de saber, mas não é o saber que se aplique racionalmente pela lógica ou pela razão; é uma sabedoria profundamente transformadora, como a nossa humanidade jamais conheceu. O Tantra não se utiliza da linguagem falada, mas do silêncio, do inaudível; a pessoa é conduzida a viver plenamente a sua sensibilidade e a totalidade de suas percepções (físico, mental, emocional e espiritual), sem buscar como rota de fuga a tagarelice mental, verbal, ou outras formas de comunicação. É reconhecido por muitos como uma ciência comportamental, mas suas bases são completamente diferentes da ciência oficial (que se baseia na observação através da razão e da lógica), porque é sensibilidade consciente e abertura pra novos caminhos cognitivos. 


Tantra lida com o hemisfério direito cerebral, com a experiência não verbal, com aspectos sensoriais que inferem diretamente no aspecto comportamental e também não é filosofia, pois o caminho de auto-realização do Tantra é pela percepção de si mesmo (propriocepção), pelo reconhecimento e expansão de nossa sensibilidade e consciência, não pela compreensão das palavras ou pelo entendimento intelectual; a linguagem do tantra é experimental, vivencial e integrativa, nos possibilita um entendimento experimental, no qual alcançamos uma compreensão mais abrangente e mais significativa que aquela compreensão usual proveniente das palavras e do raciocínio lógico.


O Tantra traz toda sabedoria antiga aliada as mais modernas técnicas terapêuticas, adaptada para a sociedade de hoje; trata do ser humano como ele é, e não como deveria ser, preocupando-se com ele em sua totalidade, com a consciência da própria vida, levando-nos a desenvolver todo o nosso potencial através de nossa própria experiência, considerando toda e qualquer situação como uma oportunidade de autoconhecimento e expansão de nossas capacidades, propiciando assim uma maior integração entre todos os aspectos do nosso Ser. É uma prática da vida existencial real.

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

sábado, junho 20, 2020

CICLOS


Tudo acontece dentro de ciclos, nunca se esqueça disso, e sendo assim, tudo é passageiro. Então procure comunicar-se consigo mesmo, ampliar seu campo de visão e medir bem as oportunidades, evitando se apegar à situações e momentos. 

Deixe fluir, deixe completar seu ciclo, aprenda com ele e libere. Coisa alguma vai se revolver se você ficar preso, parado no mesmo lugar. Isso não faz parte de sua essência, mas faz parte apenas do seu ego, que tal como esta situação, é ilusório.

Existem milhões de possibilidades esperando que você apenas as perceba e se você não busca neste leque de possibilidades a que cabe ao momento presente e se concentra nela, coisa alguma se realiza de forma harmoniosa e cria um ciclo vicioso voltando sempre ao mesmo ponto inicial.

Estamos iniciando uma nova caminhada e a essência deste caminho é a água. Só a clara vontade de mudar é eficaz neste momento e uma relação correta com o Eu é básica, pois é a partir daqui que todas as possíveis relações com os outros e com o Divino fluem. Mantenha-se modesto  e seja qual for o seu mérito, ceda, entregue-se e modere-se pois só então você poderá ter a verdadeira direção na sua vida.

Esteja no mundo mas não envolvido por ele, todavia não se feche e não seja crítico. Mantenha-se receptivo aos impulsos que fluem do Divino para o interior e para o exterior. Tente viver a vida normal de uma maneira original e lembre-se sempre da efemeridade da vida focando naquilo que permanece. Nada mais lhe é pedido neste momento.

Este é um momento de grande crescimento e retificação e como regra, a retificação tem que vir antes do progresso. A terra é trabalhada antes da sementeira, o jardim é mondado antes das flores florescerem, e o Eu tem que conhecer a paz, a quietude antes de descobrir a sua verdadeira canção.

Não é altura de dar crédito às suas realizações ou de se focar em resultados. Em vez disso esteja satisfeito de cumprir as suas tarefas sem estar à espera de resultados. É aqui que reside o segredo de viver o Aqui e Agora. Nesse momento o Eu é solicitado a equilibrar o eu.
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê


Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

MODERAÇÃO


Vamos aproveitar o momento para trabalhar autocontrole e perceber que a nossa moderação requer tanta força quanto o nosso domínio. Devemos ser sensatos e avaliar nossa reação a eventos e pessoas tendo em vista esse princípio.

A energia que estamos catalizando nos diz que devemos deixar a Sabedoria do Universo dirigir nossos passos, afastar nossos medos e nos dar orientação; ela sabe a direção e o momento correto e seguindo essa energia nosso sucesso é garantido.

Basta seguir o exemplo da Mãe Terra que recebe as sementes e produz os frutos; enquanto eventos desabrocham ao nosso redor, vamos acolhê-los, expandir o nosso Eu e a nossa consciência. Estamos tão focados em “fazer algo” que esquecemos de “estar” com alguém. Não existe a necessidade de controle, algumas vezes seguir o fluxo é a melhor opção.


Há o tempo de liderar e o tempo de ser apenas mais um. Apoiar um projeto pode ser tão importante e benéfico quanto conduzi-lo. Uma pessoa precipitada tem mais chance de erro, sendo assim, evite problemas percebendo o quanto as pequenas coisas estão erradas; por ora não aja, mas corrija os pequenos problemas no momento em que eles ocorrem. Esqueça de suas qualidades e aja com as pessoas da forma mais original possível; trabalhe honestamente e providencie o melhor que puder.

Somos Filhos do Universo, Irmãos de Estrelas e Árvores e estamos aqui porque merecemos ser felizes.  Mais do que pedir, precisamos agradecer a Vida por nos dar tanto e saber que somos os responsáveis por tudo que nos acontece (de bom ou de ruim). Vamos transformar nossos problemas em necessárias lições de vida e passos na evolução como Seres de Luz.

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

sexta-feira, junho 19, 2020

SONHO & LINGUAGEM


Os sonhos são uma linguagem simbólica que contribuem para nosso autoconhecimento e nos permitem adquirir uma maior consciência da nossa personalidade. Nosso entendimento dessa linguagem pode nos fornecer condições de compreender conflitos e questões fundamentais da nossa existência. No Talmude existe uma citação que diz: “um sonho não compreendido é como uma carta não aberta”. Desvendar a linguagem de nossos sonhos é decodificar nossos caminhos.

A compreensão dos sonhos faz com que a pessoa entre em contato consigo mesma. Todos nós sonhamos e poucos entendem seus sonhos. Na verdade agimos como se eles nada significassem e acreditamos que nossa mente adormecida apenas esteja descansando das atividades do dia-a-dia. Orgulhamos-nos de ser realistas, racionais, ativos; agimos e observamos dentro do mundo exterior com controle de uso e manuseio, mas não concebemos mais do que duplicações de acontecimentos e experiências concretas.

Quando sonhamos, despertamos para outra existência. No sonho nós somos os autores, criamos um enredo, encarnamos como protagonistas; ao sonharmos, nossa lógica cartesiana é desprezada, as categorias de tempo e espaço que conhecemos são anuladas. Sonhando não somos restringidos aos limites da realidade, do espaço, do tempo, do corpo... nada mais nos é restrito, temos o “poder”.

Os sonhos nos dão vazão a um grande número de experiências e acesso a muitas memórias e é uma experiência presente e real. Todas as experiências pelas quais passamos em um sonho desaparecem quando acordamos e via de regra, são muito difíceis de ser recordadas; isso porque é escrito numa linguagem simbólica que não traduzimos.

Jung em seus estudos nos traz o conceito dos “arquétipos” que por sua vez nos leva a um fator desconcertante que é a semelhança dos produtos da nossa capacidade de criação durante o sono, com os mitos, as mais antigas criações do homem. Os mitos formam de acordo com a nossa ótica racional, um mundo inteiramente alheio a nossa lógica e os sonhos são muito parecidos com os mitos. Tanto na forma, como no conteúdo sonhos e mitos nos parecem estranhos e impossíveis pelas leis que governam nosso tempo.

A linguagem em que os sonhos se expressam é atemporal. Os sonhos que temos hoje em dia são os mesmos daqueles que viveram na Antiguidade porque se expressão por simbologia. Nessa linguagem simbólica, pensamentos, sentimentos e experiências íntimas são expressas como se fossem experiências sensoriais. Os fatos do mundo exterior se expressam numa lógica que difere da linguagem convencional. Na linguagem convencional, nossa lógica é ditada por categorias dominantes como tempo e espaço; na linguagem do sonhos as categorias que valem é a associação e a intensidade.

Os sonhos são uma linguagem atemporal e universal, um idioma único jamais criado pela raça humana; no entanto, nos condicionamos a não dar importância aos mesmos. Nosso racionalismo nos fez abdicar do seu entendimento. Freud nos deu uma valiosa contribuição para que despertássemos para a importância de nossos sonhos; colocou o estudo do sonho como um fenômeno universal, seja para um ser humano doente ou sadio. Ele percebeu também que os sonhos não se diferenciam dos mitos e que compreender essa linguagem era nos autoconhecermos.

Toda a imagem que vemos num sonho constitui um símbolo de algo que sentimos. Ma afinal, o que é um símbolo? Símbolo é uma expressão sensorial que representa um pensamento, um sentimento, uma experiência interior, algo de dentro de nós. A linguagem simbólica é um idioma onde o mundo exterior é um símbolo de nossas almas e mentes. Sonhamos que somos ambiciosos quando nos achamos desprendidos, sonhamos com a realização dos desejos, sonhamos ter raiva de pessoas que amamos, sonhamos com lugares que nunca conhecemos... e não entendemos os nossos sonhos.

Deveríamos nos dedicar ao estudo dessa linguagem como nos dedicamos ao estudo de outro idioma. Se entendermos a linguagem em que os sonhos são escritos, poderemos nos utilizar dessas horas em que não estamos conectados ao mundo exterior e decifrar a nós mesmos. Se o sonho é uma linguagem simbólica, decifrá-los seria um ato de força e coragem, pois nos traria autoconhecimento. Entender a linguagem dos sonhos é traduzir nosso “modo operante”. Mas como entender esse idioma? 

Muitos estudiosos do assunto nos forneceram inúmeras teorias para solucionar o mistério, todavia existem três delas que podem ser consideradas como as mais importantes:

1- * A teoria freudiana que afirma que todos os sonhos são manifestações da natureza não racional do homem;

2- * A teoria junguiana que coloca os sonhos como produto do inconsciente coletivo, revelando conhecimentos que transcendem o indivíduo;

3- * Uma terceira corrente que coloca os sonhos como uma atividade mental que revela nossos anelos irracionais, mentais e morais.

A interpretação dos sonhos é algo que fascina o homem desde o princípio. Os povos Antigos não falavam no sonho como um fenômeno psicológico e sim como experiências concretas da alma separada do corpo, mensagens enviadas por divindades ou como contato com espíritos e seres de outro mundo. Cada sonho era interpretado numa determinada estrutura cultural e referências religiosas e morais.

A interpretação psicológica dos sonhos procura compreendê-los como a expressão da mente que sonha. Existe uma ligação significativa entre temperamento e conteúdo sonhado. Homero já citava o sonho como uma manifestação de nossas faculdades, quer racional ou irracional e Sócrates dizia que os sonhos representavam a voz da nossa consciência, sendo muito necessário ouvi-la. Já Aristóteles nos falava sobre a natureza racional do sonho e supunha que durante o sono éramos capazes de percepções mais precisas de ocorrências corporais sutis; ele colocava que muitos sonhos eram acidentais e que não mereciam ser creditados como funções preditórias. Freud colocou que todos os sonhos, sem exceção, tem significado e constituem comunicados importantes para nós mesmos.

Cada um de nós é seu próprio instrumento para decifrar a linguagem dos sonhos. Não existe nenhuma pessoa privilegiada, pois o sono é uma atividade física inerente a todos. Kant escreveu que “os sonhos são idéias que a gente não lembra ao acordar”; segundo seus estudos, o homem não dorme completamente e tece as ações de seu espírito junto as impressões dos sentidos externos; portanto, se recordaria posteriormente de parte deles.

Os sonhos possuem integridade e tem uma consciência dupla, são tanto sub como objetivos. Mostram-nos que cada ação, cada pensamento, cada causa é bipolar. Somos conduzidos por essa experiência às causas e inteirados da identidade de todos “efeitos”. Ao traduzir a linguagem onírica aprendemos que as ações que repudiamos provêm dos mesmos sentimentos que aceitamos. O sono retira a máscara da realidade e o sonho nos arma da liberdade que converte tudo em ação.

Entender a linguagem dos sonhos requer não só conhecimentos, mais muita prática e paciência. Significado e função dos sonhos são questões muito ambíguas: desejo irracional ou discernimento de energias e acontecimentos? Eu inferior ou eu divino? A linguagem dos sonhos está estruturada sobre as nossas experiências sensoriais. Nossas lembranças vão formando um todo sólido que se insere em nossas ações atuais e por trás das lembranças, existem outras milhares, armazenadas no subconsciente. O “despertar da consciência” está muito ligado a interpretação da linguagem dos sonhos porque quando nós sonhamos, abrimos um alçapão e permitimos que a claridade destrua o “véu de maya” e abra o “portal da verdade”, o acesso as nossas faculdades mais humanas.

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230

Saviitri Ananda

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Itapoá, Santa Catarina, Brazil
Sou ENLAÇADOR DE MUNDOS MAGNÉTICO. Uma eterna buscadora... metamorfose ambulante...senhora de mim. Depois de me conhecer, nada será como antes porque sou a Morte e o Renascimento. Sem verdades absolutas, pulso com o Universo, buscando construir pontes entre os Mundos. Inimitável e sem limites... quântica. Me reconstruo a cada dia, sou mudança, transformação, sincronia. Funciono como equalizador, restaurando o equilíbrio através da Luz, da qual sou canal. O meu grande "tesouro" é a sabedoria, a arte de enlaçar mundos, destruir ilusões e libertar do medo todo aquele que se dispõe a escutar o que eu revelo.Transmutar, transpor, renascer são os meus verbos. In Lak'esh