Todas as pessoas se dão conta do crescimento físico porque ele é visível, mas poucos são aqueles que dão importância ao crescimento interior, porque ele não é palpável ou visível; ele apenas pode ser sentido. Muito mais importante que o crescimento físico é o crescimento interior, pois quanto mais nos desenvolvemos interiormente, maior a conscientização do “sentir”. O “sentir” indica índice para nossa vida e “estar” bem, depende do quanto se sente.
Certa vez, li que o crescimento interior “pode ser comparado com uma escada de muitos degraus” e que cada degrau representava um passo na evolução do ser humano, e no topo desta escada encontra-se o amor incondicional. Fiquei imaginando a mais linda das escadas, que terminava com um magnífico portal de Luz dourada: Amor.
Que dificuldade tem-se para atingir esse portal... mesmo sabendo que o Amor é a Luz de nossas vidas, é a energia que nos harmoniza, a força que nos impulsiona, o elemento que mais interfere em todos os aspectos de nossas vidas: espiritualidade, relacionamentos, trabalho, saúde...
Conscientizar-se do crescimento interno, passa por muitas oscilações de sentimentos, variações de humor; mas a medida que vamos intensificando nosso “sentir”, a sensação de “bem estar” também cresce e nos harmoniza com o mundo e com os seres.
Quando se chega ao topo da escada, desenvolveu-se emocionalmente, percebeu-se a estreita ligação que temos com todo o Universo. Tem-se a certeza de ser amado e o desejo de, de alguma forma, retribuir à humanidade. A cada degrau que galgamos, firmamos a nossa capacidade de equilíbrio e realinhamento com frequências positivas e nos afastamos da negatividade, de tudo que nos prende na evolução, do medo.
É preciso que se aspire ao Amor e se ressalte nossa capacidade de compreensão; pois compreender o mundo que nos cerca é a melhor maneira de usufruirmos da nossa totalidade, confiamos no que a vida nos reserva... sem limites.
O crescimento interior faz com que nosso mundo se modifique, se torne melhor. Sartre já dizia “Nós somos a nossa escolha”, cada um de nós vive no mundo que criou e, crescendo, evoluindo interiormente, amplia-se a capacidade de percepção, tanto do que nos rodeia (fatores externos), como em relação ao que sentimos (fatores internos) e facilita-se a compreensão do mundo.
A maneira como se percebe o mundo e a interpretação que damos, determina a nossa realidade, tudo que nos acontece depende de como percebemos, é fruto de nossas mentes. Pode-se decidir “subir” ou “descer”, faz parte da aprendizagem e temos livre arbítrio para isso.
No início desta escada, pode-se denotar alguns sentimentos “menos nobres”; o preconceito, a ignorância, o medo... tudo o que diz respeito aos mais elementares dos sentimentos humanos. As pessoas que se encontram no início da escada ainda são centradas em si mesmas e não têm consciência do outro; o importante é beneficiar-se, não importando o estrago que possa causar.
Antes de qualquer “despertar”, todo ser humano não é coerente, desconfia do mundo, sente-se sozinho, acuado e assim torna-se agressivo pela insegurança, sendo capaz de qualquer ação prejudicial. Aos poucos (de degrau em degrau), a pessoa vai evoluindo e percebe que não existe apenas a “sua” verdade, mas que as “verdades” coexistem dentro de um mesmo mundo, onde existe a noção de “certo” e “errado”, e que tentar impor condições, nem sempre vai contabilizar ganho.
Todos nós projetamos o que sentimos e para “amar o próximo”, é preciso amar-se; quem não está contente com si mesmo, não conseguirá fazer ninguém feliz. O encontro vai ocorrer após subir-se muitos degraus na escada; parte-se do despertar da consciência, onde vencemos os medos, as inseguranças, o egoísmo, a agressividade e caminha-se para o desenvolvimento interior, quando compreendemos que ainda não somos um todo, e apenas uma parte milimétrica dele.
Abrir-se para a vida é o resultado de longo exercício de escalada; é na medida em que a pessoa começa a compreender melhor o que está a sua volta e saber que é capaz de interagir, que a sua mente torna-se construtiva e aflora a autoconfiança, permitindo assim, a satisfação com o seu próprio desempenho e o encontro com sua riqueza interior.
A qualidade de vida de qualquer pessoa está intimamente ligada ao modo pelo qual ela sente o mundo. Todos devemos ter em mente o nosso crescimento interior, porque é através dele que acrescenta-se a harmonia e a paz, não apenas no nosso mundo, mas em toda a Natureza, equilibrando todas as frequências e transformando Gaya num lugar melhor.
A Luz e a Sombra coexistem, mas há que se escolher a Luz, porque nela está impressa a evolução; ao contrário, as Sombras representam destruição, regressão. O homem, mesmo que lentamente, sabe que deve “subir a escada”; a cada degrau, sempre vai acrescentar algo positivo para sua vida e aumentando a sua capacidade de compreender, despertando e desenvolvendo a sua consciência, vai atrair Paz e Harmonia para si, para sua vida interior e consequentemente, emiti-las para o mundo exterior.
O aprendizado da vida é feito por meio das experiências pelas quais passamos (subidas e descidas na escada da evolução); para se ter experiência é preciso coragem... mas, por piores que as dificuldades possam parecer, somos todos capazes de supera-las com persistência e força. Poderemos galgar vários degraus rapidamente, mas podemos escorregar muitos também; é o envolvimento nessa intensa caminhada, nessa busca espiritual que vai dar base para profundas revelações e modificações em nossa vida.
Quando inicia-se a “subida da escada”, aquilo que parecia certo no passado, perde sua importância, pois já estamos no caminho da concretização de um ideal mais elevado e a nossa consciência desperta nos traz a fase de boas colheitas, de compreensão, de Luz e de muito Amor.
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Abraço na Alma
Namastê
Saviitri Ananda - CRTH/BR0230
Nenhum comentário:
Postar um comentário