A palavra “stress” vem da física e está relacionada com a resistência dos materiais; na física estresse e tensão são sinônimos que se reportam a uma quantidade de força aplicada em uma determinada área e denomina a resposta física a um estímulo.
Nos dias atuais é muito comum o estresse. O estresse é uma reação que temos diante de situações que provocam uma resposta física do nosso organismo (mental, psicológica, física e hormonal), a um estímulo (excitação, medo, euforia... ). Quando nosso corpo recebe um forte estímulo, ele se sente “atacado” e se coloca prontamente para lutar ou fugir, liberando uma mistura de hormônios e outras substâncias químicas.
O estresse aumenta o nível de adrenalina, cortisol e noropinefrina para dar ao corpo condições de reagir e o resultado mais comum pode ser um aumento nos níveis de açúcar, aumento de pressão arterial e uma diminuição da libido.
O estresse é o “mal do século” e ataca indiscriminadamente qualquer pessoa, independente de idade, sexo, raça, posição social. Ele não é uma doença em si, mas a manutenção de um estado de estresse por longos períodos pode ser prejudicial à saúde, porque a resistência do organismo diminui e nos deixa vulneráveis para o aparecimento de problemas físicos e psicológicos.
Antes de tudo é importante esclarecer que estresse não é necessariamente uma coisa ruim. Nossos ancestrais, por exemplo, usavam os primeiros sinais do estresse como sinal de alerta para o perigo de um ataque de animais. Se nosso corpo não tivesse nenhum tipo de habilidade para resistir ao estresse, provavelmente não teríamos evoluído e sobrevivido enquanto espécie.
No nosso cotidiano somos submetidos a muitas atividades estressantes relacionadas com a família, o trabalho, relacionamentos, até lazer... situações que impactam no nosso corpo, mente, psique estimulando a produção de elementos químicos que tem a função de nos deixar prontos para enfrentar (ou fugir) de todas essas questões.
Tudo isso faz parte da normalidade , aquelas situações como: entrevista para emprego, apresentação em público, conflitos em relacionamentos, exercício da sexualidade, práticas desportivas, reação a filmes de fortes emoções, etc. No dia a dia quase sempre sentimos estresse e sabemos como nosso organismo reage, todavia quando este estado se prolonga nosso organismo entra em ação para nos proteger do que ele deduz ser o perigo.
E, diante do perigo, nosso organismo entra em ação provocando uma inundação de hormônios na corrente sanguínea, que elevam a frequência cardíaca, aumentando a pressão arterial e a energia, nos preparando para lidar com a questão.
Existem muitos tipos ou níveis de estresse, classificados pelo tempo de duração: agudo, agudo episódico, crônico; enfim, existem muitas classificações e muitos estudos e mesmo o estresse de curta duração pode ter um impacto significativo.
Estudos múltiplos têm demonstrado que tensões emocionais repentinas, em especial a raiva, podem desencadear ataques cardíacos, arritmias e até morte súbita e embora isso aconteça em pessoas que já tem um histórico de doença, algumas pessoas desconhecem que tem algum problema cardíaco até que o stress agudo culmine em um infarto, AVC ou morte.
Quanto mais tempo dura o estresse, pior é para a saúde mental e do corpo. O estresse crônico provoca desgaste do corpo e pode agravar problemas já existentes. Um fator agravante do estresse são os hábitos negativos que as pessoas adotam para “relaxar” das tensões, como o aumento do consumo de álcool e o tabagismo.
Algumas formas de estresse crônico: tensão no trabalho, depressão, baixos níveis de apoio social; situações estas relacionadas ao aumento do risco cardiovascular e que também comprometem a imunidade e podem tornar a recuperação mais difícil.
O estresse negativo é aquele cuja a reação da pessoa chega ao exagero ou quando o agente agressor é muito forte. Nesta situação a pessoa extrapola todos os seus limites e sua capacidade de adaptação; a energia física e mental diminui e a pessoa fica doente.
O estresse positivo é um alerta do organismo; a pessoa começa a ter mais criatividade e a produzir mais pela carga de adrenalina e o perigo reside no fato dessa situação se prolongar e se tornar um estresse negativo. E temos aquele estresse “bom” em que a pessoa percebe o alerta, sai do alerta e vai alternando no exercício do dia a dia, sem comprometer seu corpo ou sua produtividade.
A crise econômica do nosso país levou muitas pessoas ao estresse, principalmente pelo nível de desemprego e cenário de caos geral (saúde, educação, segurança). Rollo May já dizia que a ansiedade seria o mal do século. A falta de trabalho, a dificuldade de sobrevivência, o acúmulo de trabalho para alguns e a preocupação demasiada traz consequências para a saúde das pessoas e se configura por si como agente estressor.
A chegada do estresse sinaliza de muitas maneiras: problemas de memória, dificuldade de concentração, agitação, inquietação, preocupação excessiva, pessimismo são alguns sinalizadores. Fisicamente um dos sintomas mais comuns é a dor de cabeça constante, enxaqueca, dores musculares, tensão nos ombros, alterações gastrointestinais, náuseas, tonturas, arritmia, perda da libido, queda da imunidade.
Temos ainda os sinais emocionais que quase não nos damos conta como: alterações no humor, irritabilidade, sentimento de solidão, isolamento social, depressão entre outros. Mas há como reduzir os níveis de estresse como também proteger nossa saúde a longo prazo. E estudos provam que os “afetos positivos” (felicidade, alegria, contentamento, entusiasmo) reduzem o estresse e a taxa de doenças cardíacas em 22% e recomendam impulsionar o sentimento de alegria, fazendo um pouco de atividades agradáveis todos os dias.
Todavia, temos muitas maneiras para reduzir o estresse e a mais fácil é estarmos atentos ao nosso estado de espírito e caso percebamos alguma mudança (cansaço, irritação, alguma indisposição), devemos refletir sobre a causa dessa alteração de pensamentos e humor. Sempre que sabemos a “causa”, podemos combater o “efeito”.
Outra sugestão está ligada ao tipo de relacionamentos que construímos, pois eles podem ser fontes de estresse. Quando temos bons relacionamentos, que nos proporcionam momentos de descontração e lazer, temos o apoio emocional necessário e o suporte necessários para que possamos enfrentar as causas do estresse. Também devemos evitar reações intempestivas como a raiva e antes de reagir devemos respirar profundamente e contar até 30... se for o caso; sempre reconsiderando as nossas ações.
Caminhar, praticar atividade física pode ajudar a liberar a tensão e aliviar os sintomas de raiva, além do fato de que toda atividade física aumenta a produção de endorfina e gera bem-estar. E boas horas de sono e a meditação, já foram comprovadamente indicadas como grandes aliadas na redução dos níveis de estresse. Descansar a mente, dormir bem e praticar yoga e meditação não somente ajudam a reduzir o estresse, como aumentam as defesas do sistema imunológico.
Caso você não dê conta dos efeitos sintomáticos e não consiga perceber o perigo, procure a ajuda de um profissional de psicologia irá orientá-lo a lidar com as fontes de estresse de forma efetiva. Um psicólogo o ajudará a identificar situações e crenças que contribuem para elevar o estresse crônico e vai ajudar a desenvolver um plano de ação para mudar a situação.
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH0230
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