BOM DIA!
Como todos, devido a pandemia, estou um pouco ansiosa, cansada do confinamento (ou de estar comigo mesma...rs). Penso e repenso em minha vida, nos erros e acertos...muitas vezes acabo me julgando (muito rigorosamente) e em outras, exercitando minha autoestima, para ela se "alongar"e ficar saudável. Mas a solidão me leva a algumas horas de melancolia, de saudosismo, de medo, de insônia. Sinto falta do ser amado, do abraço, do acolhimento, do "a-ninho" (de me sentir no ninho, protegida, acolhida, amada).
Estes são momentos... todos passageiros, mais intensos, que me levam à reflexão sobre mim mesma e sobre a caminhada que fiz até aqui. Este é um tempo de renascer, de se refazer e...sempre, depois deles, eu agradeço a Vida que me deu tanto. Agradeço cada experiência, todas as alegrias e, principalmente, cada tropeço, cada lágrima, porque o aprendizado é que nos faz evoluir.
Hoje, acordei às 4:00 da manhã, recitando um poema maravilhoso de J G de Araújo Jorge, que ficou famoso na voz de Osvaldo Montenegro. E as palavras que ele traz, são exatamente o que eu estou sentindo. Precisei compartilhar este momento, porque a maioria das pessoas me considera uma fortaleza, um ser equilibrado e imune a momentos tristes, alguém que é sábia, que "sabe tudo"; precisei mostrar que sou humana, falível e muitas vezes fraca, com medo. Por outro lado, a idade (na verdade as experiências vividas), me trouxe a convicção que o tempo é nosso amigo e que, embora precisemos passar por experiências ruins, todo processo é "passageiro" e nós somos seu "condutor". Creio que o que faz diferença, é que processo rapidamente os processos que me causam dor, porque sei que me ensinam e que foram a minha escolha.
Gratidão a todos os que estão caminhando comigo, que me energizam, que me alegram, que me dão a certeza de que estou evoluindo, no Amor e com vocês!
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri
PS; tentei anexar o audio que gravei, mas não consegui...rs
Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.
Quer as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.
Quer as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo
Que a minha vontade de ir embora
se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão
se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço
Que a arte me aponte uma resposta
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
pois metade de mim é platéia
a outra metade é canção.
Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade também
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
pois metade de mim é platéia
a outra metade é canção.
Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade também
Nenhum comentário:
Postar um comentário