A Roda do Ano é o calendário que no xamanismo celta, simboliza a concepção de tempo e que era semelhantemente ao zodíaco. O tempo para os celtas, maias, sumérios, saxões...e muitos dos povos ancestrais, não era visto de forma linear, mas sim circular ou cíclico. Seus calendários levavam em conta não só o ciclo solar, como também o ciclo lunar.
E foi com os celtas que se originaram os conhecidos Sabbats, que ocorrem oito vezes ao ano, levando-se em conta a posição da Terra com relação ao Sol: o Equinócios e Solstícios. Nessas ocasiões, eram homenageadas duas divindades: a Deusa, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, o Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.
O Yule era celebrado desde os finais de dezembro até aos primeiros dias de janeiro, abrangendo o Solstício de Inverno. Foi a primeira festa sazonal comemorada pelas tribos neolíticas do norte da Europa, e é até hoje considerado o início da roda do ano por muitas tradições Pagãs. O Neo paganismo celebra Yule no Solstício de Inverno, por volta do dia 21 de dezembro no hemisfério norte e por volta do dia 21 de junho no hemisfério sul.
A passagem do Yule foi mais tarde aderida pelos cristãos simbolicamente comemorando o aniversário de Cristo. Embora Yule seja o nome do solstício de inverno no hemisfério norte, originalmente é um tronco de árvore, possivelmente parecido com um tipo de pinheiro. Yule, o menino da promessa; semente de luz; festa medieval que comemorava a chegada do inverno; na língua inglesa significa em torno do natal; natalício.
As tradições Cristãs dizem que Maria deu à luz Jesus no vigéssimo quinto dia, mas não confirma de qual mês. Finalmente em 320 D.C., a Igreja católica decidiu marcar o nascimento de cristo em dezembro para absorver o culto sagrado do solstício de Inverno dos celtas e saxões.
O nascimento de um Deus no solstício de Inverno não é exclusivo do Catolicismo, sendo mitras um exemplo disso ( Mitra , deus da sabedoria, dos contratos e da guerra na mitologia indo-ariana da Índia, Pérsia e Anatólia e na mitologia persa representava a luz, o bem e o mundo espiritual distinto da matéria).
O pinheiro sempre esteve associado a Deusa. As luzes e os ornamentos, como o sol, lua e estrelas que faziam parte da decoração das árvores, representavam os espíritos que eram lembrados no final de cada ano.
A tradição da Tora de Yule, perseverou até os dias atuais, são feitos três buracos ao longo de um pequeno tronco e se colocam três velas em cada buraco, uma branca, uma vermelha e uma preta para simbolizar a Deusa Tríplice. a Tora de Yule também é decorada com azevinho sempre verde para simbolizar a união da Deusa com o Deus.
Correspondências de Yule
– Cores – vermelho, verde, dourado e branco
– Ervas – alecrim, hibisco, cedro, louro.
– Pedras – Rubi, granada, olho de gato.
Atividades
– Contar com a família;
– Decorar a árvore de Yule;
– Tocar sinos para homenagear as fadas;
– Colocar guirlandas na porta de casa;
– Espalhar hibisco pela casa;
– Colher folhas verdes e queimá-las em Imbolc;
– Fazer uma boneca de milho;
– Fazer a Tora de Yule.
Comidas e Bebidas
– bolos de frutas;
– nozes;
– pães;
– vinho quente e normal;
– maçãs;
– doce de abóbora.
FELIZ COMEMORAÇÃO!!!!!
Bjos no Coração
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH0230