Kin 260, Sol Cósmico Amarelo

Encerramento do Tzolkin de 260 dias

No Tzolkin, cada ciclo de 260 dias é como uma grande respiração do tempo: inspira no kin 1, expira no kin 260. Neste 9 de dezembro, chegamos novamente ao ponto de exalação luminosa, ao Sol Cósmico Amarelo, momento em que o ciclo se fecha e o próprio tempo parece fazer silêncio para escutar o que se tornou de nós ao longo desta jornada.

Kin 260, Sol Cósmico Amarelo

Sol Cósmico Amarelo é a chama que permanece acesa quando todas as outras luzes se apagam. É a memória da tua essência, para além de papéis, histórias e distrações. Convida a olhar para trás com gratidão e para dentro com honestidade:

O que amadureceu em ti nestes 260 dias?

Que sombras foram iluminadas, que sementes se tornaram fruto, que apegos já não fazem sentido na nova luz que agora se revela?

Tom CósmicoSelo 20 Sol Amarelo

Kin 260, Sol Cósmico Amarelo

Eu persevero com o fim de iluminar
Transcendendo a vida
Selo a matriz do fogo universal
Com o tom cósmico da presença
Eu sou guiado pelo poder do florescimento
Sou um portal de ativação galáctica, entra por mim

Este fim de ciclo acontece dentro da Onda Encantada da Estrela Amarela, a onda da arte de viver. A Estrela recorda que o caminho não é apenas cumprir tarefas espirituais, mas tecer beleza no quotidiano: na forma como falas, escutas, cozinhas, trabalhas, amas. Cada gesto é um traço no grande quadro da tua vida. Ao chegares ao kin 260, o convite é contemplar essa obra: quais linhas desejas manter, quais cores queres intensificar, o que precisa de espaço para respirar?

Encantamento do Sonho fala de um tempo em que a vida é guiada mais pelo significado do que pela pressa. Cada kin é uma nota numa melodia maior que conta a história da tua consciência. Ao completar o ciclo, o Sol Cósmico Amarelo ilumina a partitura inteira: mostra-te onde aprendeste a confiar, onde ainda resistes, onde já és puro brilho. Não se trata de perfeição, mas de presença — de reconhecer que, mesmo nas quedas, continuaste a caminhar.

Neste dia, podes simplesmente parar por alguns instantes, fechar os olhos e imaginar um sol dourado no centro do peito, expandindo-se a cada respiração. Deixa que essa luz percorra a tua história recente, abraçando o que foi difícil, celebrando o que floresceu, libertando o que já não precisa seguir contigo. Ao fazer isso, honras o ciclo que termina e preparas o terreno para o novo giro da espiral. Porque no Tzolkin, o fim nunca é um muro: é sempre um portal, e o Sol Cósmico Amarelo é a chave que acende esse novo começo dentro de ti.

Neste dia em que o Tzolkin completa o seu giro, o Sol Cósmico Amarelo também sussurra um lembrete: tudo o que viveste até aqui foi preparação. Cada encontro, cada desafinação, cada momento de graça foi afinando o teu instrumento interior para que agora possas vibrar com mais verdade. Este fim de ciclo não pede que sejas alguém diferente, pede apenas que sejas mais inteiro, mais coerente com a luz que já sabes que és. Quando permites que essa luz se expresse, tornas-te um pequeno sol no teu mundo, influenciando silenciosamente tudo e todos à tua volta.

Ao mesmo tempo, o Encantamento do Sonho recorda que o tempo não é uma linha reta, mas uma espiral. Voltas ao mesmo ponto – ao kin 260 – mas não és a mesma pessoa que passou por aqui da última vez. Há aprendizados que agora percebes com mais clareza, escolhas que hoje farias de outra forma, sensibilidades que se abriram entretanto. Honrar o ciclo significa reconhecer essa diferença: dar-te crédito pelo caminho percorrido e escolher, com consciência renovada, como queres dançar o próximo giro de 260 dias. Assim, cada novo Tzolkin deixa de ser repetição e passa a ser refinamento – o sonho vai-se tornando mais lúcido, mais alinhado com o que o teu coração realmente veio viver.

Cada pôr do sol é uma oportunidade de recomeçar; cada nascer do sol começa com novos olhos.Richie Norton