A Meditação é um estado contemplativo que engloba várias técnicas envolvendo, principalmente, a plena atenção. Gera um estado interno de paz, pois silencia a mente e propicia a autopercepção. Neste cotidiano mecanicista que vivemos, damos atenção a nossa presença física sem a correspondente presença mental, emocional e espiritual. A plena atenção é o oposto a mecanicidade; estarmos atentos é permanecermos inteiramente (corpo, mente, psique, espírito) em determinada atividade, em certo espaço e tempo, estando conscientes.
A prática da meditação exige a capacidade de mantermos a concentração focalizada em um objeto por determinado período, absorvendo assim todo o seu conhecimento intrínseco, compreendendo sua natureza e o seu funcionamento. Podemos estar fisicamente em um determinado lugar, sem, contudo, estarmos presentes em pensamentos e emoções. Na meditação, nossa atenção é direcionada ao fluxo respiratório e apenas percebemos o nosso mental ou emocional, não nos envolvemos com os mesmos. O objetivo da meditação é contatar a nossa essência divina presente no nosso interior e isto deve ser realizado sem nenhum esforço, tranquilamente, sendo um caminho para a evolução espiritual e a felicidade.
Quando conseguimos nos encontrar com o nosso Eu Sou, nos desapegamos das impressões da nossa mente e nos tornamos mais sábios, pois o contato com a nossa verdade gera autoconhecimento e realização. Precisamos estar concentrados, focados em único ponto; pode ser um mantra ou o nosso fluxo respiratório. É indicado o fluxo respiratório porque ele promove a internalização da mente, ou seja, favorece o acesso aos níveis mais profundos da mente, liberando todo o seu conteúdo. Quando a prática da meditação é dedicada a todos os seres, como uma oração, favorece a compaixão e o amor incondicional.
Somos seres formados por moléculas com uma inércia muito grande e para coloca-las em movimento, precisamos de muita convicção, trabalho e desapego. Via de regra nós humanos temos muitas dificuldades internas e a mais gritante é a falta de persistência. Também existem as dificuldades externas: meio ambiente, situação sócio econômica, interferência da família, crenças... que podem consistir em bloqueios para a meditação.
Podemos utilizar as várias formas de meditação: analítica, contemplativa, estabilizadora; mas para qualquer tipo de meditação, precisamos ter foco para que a integração possa ocorrer. Quando ocorre a integração com o objeto em foco, compreendemos a verdade, e como cita a BÍblia: “ a verdade vos libertará.” Em qualquer tipo de meditação, o estado interno de paz se faz por intermédio do silencio da mente e anulando os sentidos pelo direcionamento da atenção ao som produzido pelo fluxo respiratório ou mantra ( geralmente o So Ham), que traz a harmonização das correntes energéticas do corpo.
Ao ampliarmos o espaço entre os pensamentos, criamos o silêncio, uma condição necessária para encontrarmos o nosso Eu Sou. A meditação mais usual é a que chamamos de “estabilizadora”, que estabiliza as ondas mentais e visa tranquilizar e reequilibrar o nosso organismo, construindo um estado de paz interior, reduzindo a agitação mental através do processo respiratório. Nesta meditação a atenção estará voltada ao ruído produzido pelo ar passando pela garganta, o que provoca um efeito relaxante.
Na meditação chamada Saguna (pela forma), nós iniciamos pelo processo respiratório : So (inspiração) e Ham (expiração) e depois fixamos a atenção numa imagem que desperte relação afetiva (Surya, Buda, Jesus, mandalas, yantras, holografias...), mantendo esta imagem mental no Terceiro Olho e se a mente dispersar, voltamos ao processo respiratório e a visualização novamente. Podemos também meditar nos cinco elementos: éter – estrelas, ar- nuvens, fogo – vela, água – curso d’água, terra – montanha.
Seja qual for o tipo de meditação, a prática constante coloca os dois hemisférios cerebrais na mesma frequência, afastando a consciência dos sentidos, propiciando experiências decorrentes dos estados alterados de consciência e fortalecendo nossa saúde física e mental. Através das práticas de meditação percebemos nosso despertar espiritual, criamos um campo mental unificado e experimentamos o Samadhi (a energia do prana conduz a mente a um estado de vazio, estimulando as funções superiores de inteligência), favorecendo o autoconhecimento.
Existem alguns bloqueios para a meditação: práticas irregulares, sono excessivo, meio ambiente inadequado, auto justificativa, fala em excesso, fadiga física e mental, preconceito, intolerância, fanatismo, hipocrisia, sedução por luxo e poder, etc. Mas vencido qualquer bloqueio, os resultados são maravilhosos:
-maior oxigenação celular
-redução do estresse
-aumento da vitalidade
-movimentação criativa e vitalização das formas-pensamentos
-despertar da inteligência e energia
-Acesso ao registro akashico
-Realização pessoal
A meditação nos dá a capacidade de direcionamento e a focalização da energia mental; a falta da atenção ou concentração é a maior causa de nossos problemas, estando relacionada com a vulnerabilidade dos sentidos, promovida pelos mass mídias (entretenimentos, jogos, apelos eróticos), que prometem status e realização pessoal.
Com as práticas meditativas, a concentração interna não se utiliza de formas definidas, nossa mente é direcionada a conceitos e verdades ancestrais e universais: amor, fraternidade, solidariedade, compaixão, essência divina. Também aperfeiçoam o nosso controle sobre os processos mentais, afastam a percepção emocional, estimulam e fortalecem a inteligência, o discernimento e a memória e nos capacitam para o estabelecimento de metas e princípios para nossos saltos quânticos.
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda - CRTH0230
Recomendo: Meditação Vipassana
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