Celebramos no hemisfério Sul, em 1º de agosto, o IMBOLC (o crescimento da luz), também chamado de Oimelc, Candlemas, Treguenda. Este Sabbath originou-se na antiga Irlanda, nas comemorações da Deusa Brighid, homenageada como a "Noiva do Sol". Apesar de estarem no auge do inverno, este festival era dedicado ao aumento da luz e ao despertar das sementes enterradas na terra congelada. Na Roda do Ano, Imbolc é o oposto de Lughnasadh e festeja a Deusa como Donzela. Ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a Purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brígida e seu santuário foi transformado em um mosteiro de monjas. Brighid era uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou ativavam o Fogo Criador. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia.
O Sabbath Imbolc, cujo nome significa "apressar-se", celebrava o aumento da luz e a derrota do inverno. Na véspera, todos os fogos e luzes eram apagados para serem reacesos, ritualisticamente, com as brasas das fogueiras dedicadas a Brighid. Neste dia, com a comemoração do Disting, os povos nórdicos "enterravam" a negatividade e as agruras do inverno, acendendo fogueiras nas encruzilhadas e purificavam a terra, salpicando sal e cinzas sobre ela. A versão romana deste Sabbath (que originou a Treguenda relativa na Bruxaria Italiana) era a Lupercália e os alegres festejos para as Deusas Frebua, Diana e Vênus. Na maioria das Tradições da Wicca, nesta data, são feitas as Iniciações dos novos adeptos e as Confirmações das Sacerdotisas. Por ser Brighid uma Deusa da cura, padroeira das Fontes Sagradas, ela era invocada nos rituais de purificação e cura, sendo reverenciada nas Fontes a ela consagradas. Até hoje, em certos lugares da Grã-Bretanha e Irlanda, as pessoas amarram fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às antigas Fontes Sagradas, atualmente dedicadas a Maria ou às santas católicas, orando para obter a cura de seus males.
A atmosfera deste festival é marcada pelo despertar das sementes, dos novos planos e novos projetos, pela iniciação em um caminho espiritual ou em novas oportunidades, pela aceleração e renovação das energias, pela purificação e pelo renascimento material ou espiritual, pela busca de presságios e pela preparação para sua realização. Imbolc é uma data propícia para despertar a criatividade e abrir-se para a inspiração por meio da poesia, canções, narrativas, desenho, cerâmica ou dança.
Seguir em frente, sempre, sem medo e buscando tudo o que possa nos preencher de Luz, a nós e ao Planeta. Estamos num processo de purificação e tudo o que impedir a manifestação da Luz, não fará mais sentido. Por isso temos que ter atitude e fazer acontecer, entrando em sintonia com o que é apenas Luz. Vamos examinar nossos sonhos, O que fazemos com eles? Tentamos materializa-los ou deixamos eles numa "gaveta" fechada? Precisamos nos harmonizar com eles observando se têm a ver com o bem comum ou apenas com o abastecimento do nosso ego. Somos "poderosos", co-criadores de realidades e temos a capacidade de aumentar as possibilidades para a materializar todos os nossos sonhos, principalmente se seguirmos a intuição e assumirmos uma postura de Guerreiro, conduzindo as coisas para a vitória.
Que esse IMBOLC seja de muita alegria, calor humano e realizações. Que sejamos tudo de melhor que pudermos. Que a Luz brilhe com cada vez mais intensidade iluminando nossos Caminhos. Demorei para dormir, tem muitas coisas que não entendo... mas dormi um sono tranquilo, com a certeza de que sou o melhor que posso ser e que tenho amigos maravilhosos. Agradeci muitas vezes e de coração estar Aqui e Agora e ter uma família linda (tanto a biológica quanto a espiritual). Reconheço que, se por um lado somos limitados e dependentes, por outro existimos no centro perfeito aonde a harmonia e as forças benéficas do Universo convergem e irradiam. Tudo é vivido em ciclos e quando acaba, fecha, passa... O que é para mim, permanece comigo, o que não é passa.
Vamos então deixar ir, estaremos abrindo as portas para o novo e libertando as oportunidades.
Que essa semana seja de muita alegria, calor humano e realizações. Que sejamos tudo de melhor que pudermos.
Demorei para dormir, mas dormi um sono tranquilo, com a certeza de que sou o melhor que posso ser e que tenho amigos maravilhosos. Agradeci muitas vezes e de coração estar Aqui e Agora e ter uma família linda (tanto a biológica quanto a espiritual).
Um dia maravilhoso para todos!
Somos o que escolhemos ser.
Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!.
Saviitri Ananda - CRTH0230
Já,no hemisfério norte, se comemora o LAMMAS.
LAMMAS ou Lughnasadh (conhecido como festa do pão, festival da colheita), é comemorado em 2 de fevereiro no Hemisfério sul e em 1º de agosto no hemisfério norte. É um dos quatro sabbats maiores que marcam o ciclo de colheita dos antigos celtas. Esse festival marca a primeira colheita, onde os grãos são armazenados para a escuridão do inverno que está por vir, é também a celebração do sacrifício do deus que vai enfraquecendo, doando sua energia aos frutos da terra, enquanto os dias vão, aos poucos ficando mais curtos. O nome do festival remete ao deus sol celta Lugh, pois este era reverenciado nessa época pelos druidas (Lughnasadh significa lamento para Lugh), outras culturas pré-cristãs comemoravam o sacrifício do grande deus, dando sua vida pela nova vida que está surgindo. E esse é o significado de Lammas, celebrar a energia vital dada pelo deus e a criação da vida que a deusa traz dentro de si.
Era comum nos festivais antigos oferecerem sacrifícios de grãos recém colhidos para agradecer ao deus pelo seu sacrifício e honrar a deusa, todos comiam o chamado pão da vida. Este é um sabbat para agradecermos ao deus por ter nos concedido seu calor, sua vida sua abundância e honrar a deusa pela colheita e pela vida, talvez por isso nesse festival os deuses sejam honrados como o senhor e senhora do milho. O Lammas geralmente é comemorado num espaço enfeitado com grãos, flores e frutos, é comum também em todas as tradições se enfeitar com bonecos de milho representando os deuses. É comum abrir o circulo ao redor do caldeirão e em honra a colheita ter um grande pão comunitário e uma grande taça de vinho que será dividida entre as pessoas. O primeiro pedaço de pão e o primeiro gole de vinho serão jogados dentro do caldeirão, e depois serão queimados os bonecos de milho do Lammas passado junto com pedidos.
Os deuses reverenciados geralmente são deuses referentes as colheitas. Também são realizadas confraternizações em forma de brincadeiras e cada pessoa que participa traz uma receita caseira envolvendo grãos para o banquete do festival. Se você dor uma bruxa solitária, pode decorar seu espaço de casa ou comemorá-lo junto a natureza. Seu altar deve estar decorado com grãos (representando a colheita) e no altar você pode colocar os tradicionais bonequinhos feitos com palha de milho.
Para o começo do ritual se faz a purificação com incenso de sândalo ou rosa. Deve se ter um prato preparado com grãos (pão ou bolo), para que seja usado no ritual como uma oferenda aos deuses. Posicione o caldeirão para que ele fique no centro do circulo que será traçado. Se traça circulo, invoca-se os Elementais e depois os deuses. O prelúdio (uma homenagem aos deuses), pode ser uma música um poema. As pessoas sentam-se ao redor do caldeirão e dentro dele coloca-seque um pedaço do pão ou prato feito anteriormente e por cima colocam-se os pedidos relacionados a fertilidade, a abundância, a prosperidade. Depois se queima a oferenda junto com os pedidos fazendo uma prece aos deuses. Ao terminar o ritual todos levantam-se e pegam os bonecos de milho que representam os deuses e os consagram para que eles lhe tragam abundância, fartura, fertilidade e prosperidade até o próximo Lammas. Celebra-se um pequeno banquete em honra aos deuses com frutos da época e o resto do pão ou prato feito para o ritual e vinho . Agradece-se os deuses pela fartura recebida e pela presença no circulo, a presença dos Elementais e sua proteção. Fecha-se o circulo e se aproveite o dia, porque o verão está chegando ao fim.
Fonte: FAUR, Mirella. O Anuário da Grande Mãe - São Paulo: Gaia, 1999.
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