O Início do Outono, também chamado Equinócio de Outono acontece hoje, dia 20 de março. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, o outono é caracterizado pela troca de folhas das árvores sazonais, que começam a se preparar para a chegada do inverno. O Outono aqui no Hemisfério Sul é chamado de austral, enquanto no Hemisfério Norte é conhecido por boreal. Nesta estação os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais longas e a temperatura, antes elevada no verão, começa a esfriar. O clima é ameno, sendo não tão quente quanto no verão, e ainda não tão frio quanto no inverno; as folhas caem e chove com menos frequência, além do que a umidade do ar é inferior e a ocorrência de ventanias e nevoeiros é maior.
O Equinócio de Outono normalmente marca um período de grande instabilidade, quer a nível das forças da natureza, quer a nível das emoções humanas. É no período do Mabon que existem mais aparições a nível de devas e elementais, sendo um tempo bom para nos sintonizarmos com a Natureza. O Mabon é uma celebração onde invocamos os espíritos de nossos antepassados, nossos elementais e nossos guardiões, para que nos auxiliem e aconselhem neste período mais “escuro”, quando o Sol vai se distanciando e nos levando aos nossos lugares escuros.
O Equinócio de Outono normalmente marca um período de grande instabilidade, quer a nível das forças da natureza, quer a nível das emoções humanas. É no período do Mabon que existem mais aparições a nível de devas e elementais, sendo um tempo bom para nos sintonizarmos com a Natureza. O Mabon é uma celebração onde invocamos os espíritos de nossos antepassados, nossos elementais e nossos guardiões, para que nos auxiliem e aconselhem neste período mais “escuro”, quando o Sol vai se distanciando e nos levando aos nossos lugares escuros.
Na cultura celta Mabon era o Deus do Amor e na noite de vinte para vinte um de março deve-se pedir pela harmonia no amor e proteção para aqueles que amamos. Neste festival também deve-se pedir pelas pessoas mais velhas, pelos doentes, por todos que precisam de ajuda e conforto, pois é o período mais negro da Roda do Ano. Dentro do xamanismo celta esta é a época em que a Deusa faz sua viagem fúnebre aos reinos do Submundo, onde é colocada a prova pelo Deus; ela está grávida dele e este período se prolongará até Yule, onde o Deus Sol irá nascer. É um bom momento para mergulharmos em nosso lado mais escuro, ampliando a consciência que temos de nós mesmos; talvez seja um tempo melancólico pois demarca a necessidade de reciclar os nossos comportamentos, a nossa vida e afinar a nossa sintonia com a própria natureza.
Mas não é uma data triste. Mabon celebra as colheitas e agradece a Natureza pela sua bondade em nos conceder nossos alimentos. Preparamos as nossas sementes para quando o Sol voltar. Tempo de gestar... tempo de espera, de reciclar a própria vida. Conta o mito que, no dia do Equinócio de Outono, Hades encontrou Perséfone colhendo flores e ficou encantado com a jovem. A beleza estonteante da jovem fez com que o deus se apaixonasse e assim ele raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do Submundo. Deméter, mãe de Perséfone procurou-a desesperadamente e seu sofrimento foi tão intenso que todas as árvores e flores secaram. Mas os deuses negociaram o retorno de Perséfone, mas ela acabou comendo uma semente de romã na presença de Hades, o que determinou que passaria metade de cada ano no submundo com Hades. Este mito nos coloca frente a necessidade de conhecermos nossos dois lados (a Luz e a Sombra, o Bem e o Mal, o Semeador e o Ceifador), porque quem não admite seu lado escuro, com certeza não se conhece.
Neste Mabon temos o verdadeiro início do “Ano do Sol”. O Ano Novo Solar, fato que marca o início do Outono no nosso hemisfério e da Primavera no hemisfério norte. Esse momento é chamado de Equinócio pois indica que o Sol se encontra equidistante dos dois hemisférios, exatamente sobre a linha do Equador Celeste que é uma projeção no céu do Equador terrestre. O Novo Ano não coincide com o ano novo do calendário Gregoriano usado no Ocidente e que o faz iniciar em 1º de janeiro, sendo baseado no caminho (aparente) que o Sol percorre durante os doze meses do ano, ao longo da Esfera Celeste, enquanto percorre as doze Constelações que compõem o Zodíaco. Esse movimento do Sol considerado por nós moradores do planeta Terra, mas todos sabemos que o Sol é a estrela fixa de nosso sistema solar e que é nosso planeta na realidade que faz a circunvolução em torno dele.
O momento atual é, portanto, um momento de transição e nos prepara para o inverno, ou seja, para a morte, mas, não para a morte física, mas para a morte simbólica que será necessária para o nosso renascimento. Do mesmo modo que o grão de trigo plantado no outono, após o descanso do inverno, renasce como planta nova na primavera, devemos preparar nosso espírito para esse futuro renascimento. Mas por ora, é tempo de transformação, é tempo de reflexão, é tempo de interiorização. Somente, assim, daremos início a uma nova fase de vida. A Lua transita por Saturno e nos traz maior senso crítico perante as demandas intelectuais. Nossos talentos afloram com facilidade e nos conduzem a ocupar o protagonismo nos grupos de nosso interesse, embora Vênus tensionada sugira conflitos relacionados a diferenças ideológicas. Vênus nesse transito nos diz que devemos ter especial atenção para não distorcermos nossa leitura dos fatos; é preciso que se fique atento, porque estaremos sujeitos a muitos enganos. Devemos colocar pra fora nossos desejos e vontades, e ouvirmos o que o outro pretende; não podemos ceder a ponto de nos anularmos, mas também não podemos atender prontamente qualquer pedido. Reflexão, ponderação e justiça. Mesmo com o Sol se distanciando, as coisas tem que ficar claras; devemos saber o que nos incomoda e por pra fora; pois o equilíbrio só acontece quando temos conhecimento de todos os lados e assim sabemos o que sobra e o que falta.
Mabon é um dia para se reverenciar o que somos, aqueles que nos permitiram ser e comungar com a Natureza. Experimente fazer uma festa de “ação de graças”. Enfeite a casa com madressilvas, sempre vivas, margaridas; se tiver folhas de carvalho ou álamo, monte um lindo arranjo de mesa e aromatize os cômodos com muita mirra. Para a ceia, lembre da vovó, lá na fazenda: pão de milho, leite, doce de abóbora e feijões cozidos... que delícia...
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