quinta-feira, março 12, 2020

SER VEGETARIANO

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Nos últimos anos vimos ressurgir o interesse pelo vegetarianismo, que hoje, aparece sendo defendido por filósofos, cientistas, médicos e jovens comuns, que constataram ser necessário a mudança de posturas e um estilo de vida mais simples e natural. 
A prática do Vegetarianismo nos foi legada pela cultura védica, que o coloca como uma postura de não-violência. “Ahimsa” é um dos preceitos mais marcantes do hinduísmo e significa a ausência total de violência, não só física, como a praticada por palavras, intenções e gestos; o vegetariano não come nada que fuja, tente fugir ou esboce sofrimento enquanto está vivo, mas pode se alimentar tranquilamente do leite, frutas, verduras, legumes, nozes e quaisquer outros que não envolvam derramamento de sangue.

O respeito aos animais como uma das razões para não se comer carne é muito antigo, principalmente nas religiões orientais, não só pela questão de compaixão, mas também relacionada com a Samsara, pois qualquer animal pode estar habitado por uma alma humana. Mesmo mais recentemente, na Grécia antiga, alguns filósofos (dentre eles Pitágoras) pensavam que matar animais para comer, contaminava e brutalizava o espírito humano; e mais recentemente, podemos constatar que Da Vinci, Ghandi, Tolstoi eram vegetarianos e abominavam o ato de sacrificar-se um animal, visto que temos tantas outras opções. Todavia não foi somente a matança de animais que gerou advertências quanto ao consumo de carnes; a crueldade como esses animais são criados, transportados e sacrificados vai além da compreensão e estes animais são bombardeados com antibióticos, bloqueadores de enfarte e sedativos até que atinjam o objetivo da sua existência no matadouro.

O Vegetarianismo é uma tendência que cresce não apenas pelo brado contra a violência, também pelo bem que pode nos trazer enquanto corpo físico, mental, emocional, espiritual; e não são apenas razões espirituais ou pessoais (saúde), existem também muitas razões práticas para sermos vegetarianos como a ética e a ecologia. Todos buscamos uma vida harmoniosa, sem conflitos e já sabemos que as toxinas são as maiores causadoras de estresse, tensão, ansiedade; só esta pequena constatação nos faria repensar sobre o tipo de alimentação que fazemos. Até os anos 70 a maior preocupação dos nutricionistas não era quanto com a qualidade de alimentos e sim, como sanar as carências alimentares, pois as pessoas precisavam ingerir calorias suficientes . Foi assim que surgiu o mito das proteínas: era necessário comer carne. Na infância instigava-se as crianças a comer carne, pois ela era essencial e necessária para uma boa saúde e o bem-estar.

Recentemente especialistas em nutrição provaram através de amplas pesquisas que o mais importante é a qualidade dos alimentos, que as necessidades proteicas são bem menores do que se pensava e que o excessivo consumo de alimentos de origem animal, de gordura e de açúcares são os verdadeiros vilões para a saúde das pessoas. Mas para que comemos? Comemos para nos manter vivos, é claro. Então comer “é preciso” e escolher o que comer “é mais que preciso”. 
Sintetizando os argumentos a favor ou contra a ingestão de carnes, pode-se resumir que o consumo de carne tem como argumento a necessidade de se ingerir proteínas; em contrapartida teria como nocivo a ingestão das toxinas encontradas na carne e a resistência emocional para se matar um ser vivo. O alimento nos fornece o combustível que gastamos com nossos movimentos; mas nenhum alimento é completo para fornecer toda a química da qual precisamos, assim devemos selecionar aqueles que restaurem a nossa energia.
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Evitar comer carne é o método mais simples de reduzir o consumo de gordura. Se puder, pesquise sobre as causas de doenças cardiovasculares ou mesmo cancerígenas, vai se surpreender com os milhões e milhões de registros, comprovando a relação da doença e do consumo de carne. Na verdade a carne é apenas um tipo de alimento e contém as mesmas proteínas, vitaminas ou minerais que qualquer outro alimento vegetal. 
Li numa pesquisa publicada recentemente que o índice de vegetarianos hospitalizados é 22% menos do que o dos que se alimentam de carne e tem o colesterol 20% mais baixo também.A alimentação vegetariana não contém colesterol; hortaliças, frutas ou cereais estão isentos desta substância e nosso organismo só é capaz de produzir o colesterol a partir dos ácidos gordos da alimentação. Quem é vegetariano tem um menor índice de colesterol no sangue, o que vai protegê-lo de muitas enfermidades e lhe dar uma boa forma física.

Além disso, a carne é um “alimento morto”; na maioria dos casos são acrescentados muitos produtos químicos para que ela não se deteriore (leva meses do abate ao açougue) e não perca a cor. Todo “alimento morto” (frutas, legumes, vegetais... em conservas) possuem substâncias químicas inertes (tamásica). O “alimento vivo”, vegetais, cereais, frutas frescas... contêm uma energia viva; sementes, cascas, caules que podem germinar . Como o alimento permanece por um dia em nosso organismo até ser eliminado, que energia você prefere ter?.

Ganhei um folder num dos seminários que frequentei, que considerei muito bom, prático e bem sintético:

ATIVANDO SUA ALEGRIA COM A ALIMENTAÇÃO
Você decide...
Bons motivos para ser vegetariano

Para sua saúde
• Gorduras animais favorecem o câncer, as doenças cardiovasculares, a obesidade, a diabete etc.
• Carne industrializada contém, freqüentemente, resíduos perigosos de pesticidas, antibióticos e hormônios.
• Na carne, as substâncias nocivas estão, em média, 14 vezes mais concentradas do que nos alimentos vegetais.

Para os animais
• O sofrimento nos matadouros é tão inimaginável quanto a angústia dos peixes que sofrem uma morte cruel por asfixia.
• A grande procura pela carne mais barata possível, causa sistemas cada vez mais cruéis de criação dos animais.

Para o meio ambiente
• Os dejetos da criação em massa são os principais responsáveis pela poluição de lagos e lençóis freáticos por nitrato.
• Metade da poluição das águas causada pelo homem vem da criação de animais. O consumo de água para a produção de carne é muito maior do que o consumo para a produção de cereais.
• O amoníaco dos dejetos animais contribui muito para a formação da chuva ácida.
• O prolongamento da corrente alimentar por meio do animal (carne) necessita muito mais terra do que a produção direta de alimentos vegetais.

Para o terceiro mundo
• Enquanto nos países mais pobres, milhares de crianças morrem diariamente de fome, esses mesmos países exportam cereais e soja para alimentar animais de abate nos países industrializados.


Esse último fato é muito perturbador. Num discurso caloroso e consciente Knapp disse: “Há cidadãos sensíveis aos desequilíbrios nutricionais dos habitantes do nosso planeta, que encontram nestes dados uma razão importante para deixar de consumir alimentos animais. Os países pobres da terra vêem-se obrigados a vender aos ricos, para estes alimentarem o gado, o grão e a soja de que, na realidade, necessitam para dar de comer aos seus próprios habitantes. 

A solidariedade, a que tanto se recorre para combater a fome no mundo, poderia ser posta em prática simplesmente destinando à alimentação humana os milhares de toneladas de cereais e de soja que se empregam para fabricar rações para o gado. Isto requereria que os habitantes dos países ricos reduzissem o seu consumo de carne (o que, além disso, melhoraria a sua saúde), e aumentassem o de cereais e leguminosas. E se se prescindisse totalmente do consumo de carne, não aconteceria nenhum problema do ponto de vista nutricional, pois está mais que provado e aceite por todos os especialistas, que a carne não é um componente imprescindível da alimentação humana. Não se trata de nenhuma utopia: A qualidade nutritiva das proteínas da soja é igual ou superior à da carne; e os produtos à base de soja e cereais podem ser muito atraentes e saborosos, tal como o podemos ver nas casas especializadas em dietética”.

Todavia estamos numa época em que precisamos nos transformar e, mais que em nosso corpo físico, precisamos pensar em nosso espírito, na nossa capacidade de evoluir enquanto seres humanos. Assim, ser Vegetariano é uma maneira de mostrar que estamos tentando compreender a natureza espiritual de todos os seres vivos; que nos conscientizamos que a cada segundo podemos praticar o amor, universalmente, respeitando todas as formas de vida e não praticando a violência. 

Consiste em entender que todos os seres vivos merecem respeito e que os animais tem alma, estão vivos, cientes e sentem dor. Cada criatura neste Universo é filho do mesmo Pai e da mesma Mãe, somos todos um, estamos todos na mesma teia, na mesma rede... as ações feitas refletem na teia toda. Quem tem consciência espiritual não mata e não ingere alimentos mortos. E se nos lembrarmos da física: para cada ação que acontece deve haver uma reação oposta semelhante (a Lei do Karma). 

Se refletirmos sobre algumas ( e foram poucas questões), concluiremos que o Vegetarianismo nos dá muitas probabilidades para realizar uma caminhada mais saudável, mais tranquila, menos sádica. Nos ajuda a preservar o corpo, a mente e o coração. Uma vantagem bem prática é a soma da compra sem a carne; comparando os princípios nutritivos, a carne sai bem mais cara que legumes, verduras e cereais. Ser vegetariano é ser mais ético, ecológico, saudável e econômico também.



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