quarta-feira, março 11, 2020

EXILADOS DE CAPELA

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Sempre desconfiei que não era daqui e muitas vezes fui chamada de ET e outras escutei aquela famosa frase: "Porque vc não é igual aos outros?" Fui crescendo e constatando cada vez mais algumas diferenças, dificuldade de entender a "obrigação" de seguir normas, leis de espaço e tempo, coisas que não me eram naturais. Como era “rato de biblioteca” fui atrás de leituras  sobre extras terrestres  e li que de tempos em tempos aconteciam migrações de consciências para outros planetas, onde poderiam dar continuidade ao seu aprendizado e desenvolvimento. E um velho professor contou que uma destas rondas planetárias, trouxe para a Terra os espíritos que  transformaram de vez a face do nosso planeta. Encantada, escutei aquela história...e EUREKA!!!!!!! ... descobri que era um ET mesmo.

O termo “Exilados de capela” foi citado pela primeira vez no livro “A Caminho da Luz”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel. Ele conta a história de um planeta do sistema de Capela, situado na constelação de Cocheiro. Em 1949, Edgard Armond, secretário-geral da Federação Espírita do Estado de São Paulo, lançou um livro psicografado, com este nome. A obra faz parte de uma trilogia que pretende descrever "História Espiritual da Humanidade", da qual fazem parte ainda os títulos "Na Cortina do Tempo" e "Almas Afins".

Nos "Exilados" o autor pressupõe a existência de uma civilização muito desenvolvida, moral e intelectualmente, que habita o quarto planeta em órbita de Capela, estrela da constelação do Cocheiro. Um grupo de capelinos não teria correspondido à evolução moral dessa civilização e este grupo de 25 bilhões de espíritos teria sido banido para o planeta Terra, há cerca de 65.000 anos, quando seus integrantes fundaram no Continente Atlântico, a cidade de Atlântida, que um dia se afundou e dando início à jornada civilizacional organizada humana, por meio de sucessivas encarnações  destes Espíritos, em corpos humanos, principalmente, a partir de cerca de 12.000 anos atrás. Nesse tempo Capela passava por importantes transformações e os relatos dos espíritos de Luz contam que Capela estava num momento de evolução, o que levaria o planeta à regeneração. No entanto, haviam alguns espíritos degredados – embora evoluídos em escala astral – que ainda retardavam a evolução. Os governadores deste mundo decidiram então exilá-los para o planeta terra – mundo de provas e expiações, onde consciências trabalham pela própria renovação.

No sistema de Capela não existia espaço para espíritos degenerados, voltados às animosidades, a excessos de todas as ordens e vícios. Assim, não acompanhando a evolução deste planeta, a Terra foi uma alternativa para esses espíritos, já que estava no início de seu processo evolutivo. O objetivo desta ação foi realizar a renovação dos espíritos banidos num mundo que lhes era mais apropriado a aquele momento. Neste período, de acordo com o mentor espiritual de Chico, os capelinos trouxeram grandes saltos evolutivos para o nosso planeta que deu a oportunidade, aos exilados de Capela, serem mais úteis  para os que aqui residem e para si próprios. Estima-se que viveram no período neolítico – entre 10.000 a.C. e 4.000 a.C. e aqui em nosso planeta, devido ao alto grau de conhecimentos que possuíam, se destacaram na matemática, astronomia, arquitetura, agricultura e navegação, deixando obras como as pirâmides do Egito, os jardins suspensos da Babilônia e as edificações maias e astecas, entre outras.

                                      


Os povos antigos que fizeram florescer a civilização, principalmente os Atlantes, Chineses, Mangois,  Egípcios, Hindus, etc... foram compostos de espíritos provenientes do sistema de Capela. Ali havia um planeta com alto grau de conhecimento e espiritualidade, mas (como em todas as civilizações), que usavam o conhecimento para fins egoístas. E como a maioria da população do planeta, através da evolução, havia atingido um nível espiritual incompatível com as atitudes e frequência dessa minoria, estes espíritos foram banidos para o planeta Terra, para que pudessem ser a mola propulsora da nossa evolução.

Quando os espíritos dos degredados começaram a encarnar aqui, tudo o que encontraram em nosso planeta eram tribos, sociedades rudimentares baseadas na força bruta. E assim, eles sentiram muita falta do modo em que viviam em Capela (conhecimento, luxo, conforto, tecnologia); estavam decepcionados om as características de nosso planeta (um lugar extremamente atrasado) e insatisfeitos com seus novos corpos.

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Mesmo com o Maya (véu do esquecimento causado pela reencarnação), esses espíritos estavam conscientes de toda a sua evolução espiritual (essa que não se perde) e além da saudade indefinível, tinham um sentimento de perda de algo e desejo de voltar não se sabe ao certo para onde. E então? Isso não nos lembra de alguma coisa?

Com o passar dos anos, inconscientemente esses espíritos adiantados foram se juntando – por afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam na constelação de Cocheiro – em quatro grandes grupos: os arianos, egípcios, hindus e o povo de Israel. Assim, pela sua inteligência superior, essas raças facilmente sobrepujaram as outras, e assim nasceram as grandes civilizações como as conhecemos.

No começo, esses espíritos tiveram ajuda direta dos seres de outros planetas (provavelmente dos de sua própria civilização), e assim temos as “lendas” dos povos de toda a Terra sobre “deuses” que voavam e bebiam, gigantes sobre a Terra, e estranhas pinturas de “astronautas” e seres desconhecidos nas paredes e templos. Mas a ajuda não foi tão proveitosa assim, pois os exilados acabaram usando o conhecimento e as ferramentas adquiridas dos visitantes para fazer guerras entre si e tiranizar os habitantes rudes da Terra. Segundo antigas lendas orientais e transmitido oralmente em muitas tradições, sabe-se de um manuscrito chamado "Estâncias de Dizan" que, segundo Helena Blavatsky, seriam uma velha compilação muito antiga de lendas, conservadas pela tradição oral até que surgiu a escrita. 

Transcrevo aqui o que tenho de registro a respeito; uma passagem impressionante que relata, com riqueza de detalhes, a vinda à Terra de homens do espaço:

“Um grupo de entes celestes veio à Terra muitos milhares de anos atrás num barco de metal que, antes de pousar, circulou a Terra várias vezes. Estes seres estabeleceram-se aqui e eram reverenciados pelos homens entre os quais viviam. Com o tempo, porém, surgiram rixas entre eles, e um determinado grupo separou-se, indo-se instalar em uma outra cidade, levando consigo suas mulheres e seus filhos. A separação não trouxe a paz e sua ira chegou a tal ponto que um dia o governante da cidade original tomou consigo um grupo de homens e, viajando num esplendoroso barco aéreo de metal, voaram para a cidade do inimigo. Ainda a grande distância lançaram contra ela um dardo flamejante que voava com o rugido de um trovão. Quando ele atingiu a cidade inimiga destruiu-a numa imensa bola de fogo, que se elevou ao céu, quase até às estrelas. Todos os que estavam na cidade pereceram horrivelmente queimados. Os que estavam fora da cidade, mas nas suas proximidades, morreram também. Os que olharam para a bola de fogo ficaram cegos para sempre. Aqueles que mais tarde entraram a pé na cidade adoeceram e morreram. Até a poeira que cobria a cidade ficou envenenada, assim como o rio que passava por ela. Ninguém mais voltou a se aventurar lá e seus escombros acabaram sendo destruídos pelo tempo e esquecidos pelos homens.”

Numa simples descrição encontramos referência a vôo orbital, descida de seres do espaço, mísseis dirigidos, explosões nucleares e contaminação radioativa. Nada de novo sobre a Terra… mas isso mostrava aos seres do espaço que a turminha de “gente ruim” não havia aprendido nada com o banimento e que aqui iria virar um Carandiru mesmo. Então, percebendo que sua ajuda comprometeria gravemente a evolução do planeta, os extraterrestres foram embora da nossa vista, estabelecendo uma quarentena para o nosso planeta (para nosso próprio bem).

Continuando o relato das Estâncias de Dizan, vemos:

“Vendo o que tinha feito contra sua própria gente, o chefe retirou-se para seu palácio, recusando-se receber quem quer que fosse. Dias depois reuniu os homens que ainda lhe sobravam, suas mulheres e filhos, e embarcaram todos nos navios aéreos. Um a um, afastaram-se da Terra para não mais voltar.”

Uma antiga lenda chinesa fala do Senhor Chan-Ty (um rei da dinastia divina) que viu que o povo tinha perdido qualquer vestígio de virtude. E então ele ordenou que Tchang e Lhy cortassem toda a comunicação entre o céu e a Terra. Desde aquele tempo não há mais subidas e descidas.

E os tais navios voadores não são exclusividade de um povo apenas. De acordo com as lendas dos Ham, moradores da fronteira entre a China e o Tibete, misteriosos “navios voadores” trouxeram do céu a raça dos Dropas. Isso está em 716 discos espiralados de pedra encontrados na China, conhecidos como Pedras Dropa, cuja tradução revelou a história da chegada de astronaves com o povo Dropa, o que teria ocorrido há 12 mil anos. Só pra ajudar na polêmica, saibam que a Esfinge de Gizé possui em seu corpo marcas de desgaste causados por chuvas torrenciais, que só aconteceram por volta de 10.500 anos antes de Cristo, que é a mesma data em que as três pirâmides do Egito estariam exatamente alinhadas com as três estrelas de Órion (as Três Marias).

Nada como um romance com personagens cativantes e boa história para passar uma mensagem. Então foi isso que Albert Paul Dahoui fez com o livro A saga dos Capelinos, onde misturou ficção com o que se sabe sobre a nossa origem espiritual, através de relatos espíritas e teosóficos. A introdução é tão didática que a publicarei aqui para que entendam melhor como se deu o expurgo dos Capelinos para a Terra:

Há cerca de 3.700 a.C., num dos planetas que gravitam em torno da estrela dupla Capela, existia uma humanidade muito parecida com a terrestre, à qual pertencemos atualmente, apresentando notável padrão de evolução tecnológica. Naquela época, Ahtilantê, nome desse planeta, o quinto, a partir de Capela, estava numa posição social e econômica global muito parecida com a da Terra do século XX d.C. A humanidade que lá existia apresentava graus de evolução espiritual extremamente heterogêneos, similares aos terrestres do final do século XX, com pessoas desejando o aperfeiçoamento do planeta, enquanto outras apenas desejavam seu próprio bem-estar.

Os governadores espirituais do planeta, espíritos que tinham alcançado um grau extraordinário de evolução, constataram que Ahtilantê teria que passar por um extenso expurgo espiritual. Deveriam ser retiradas do planeta, espiritualmente, as almas que não tivessem alcançado um determinado grau de evolução. Elas seriam levadas para outro orbe, deslocando-se através do mundo astral, onde continuariam sua evolução espiritual, através do processo natural dos renascimentos. No decorrer desse longo processo, que iria durar cerca de oitenta e quatro anos, seriam dadas oportunidades de evolução aos espíritos, tanto aos que já estavam na carne, como aos que estavam no astral – dimensão espiritual mais próxima da material – através das magníficas ocasiões do renascimento. Aqueles que demonstrassem endurecimento em suas atitudes negativas perante a humanidade ahtilante seriam retirados, gradativamente, à medida que fossem falecendo fisicamente, para um outro planeta que lhes seria mais propício, possibilitando que continuassem sua evolução num plano mais adequado aos seus pendores ainda primitivos e egoísticos. Portanto, a última existência em Ahtilantê era vital, pois demonstraria, pelas atitudes e pelos pendores do espírito, se ele havia logrado alcançar um padrão vibratório satisfatório dos requisitos de permanência num mundo mais evoluído e pronto para novos vôos ou se teria que passar pela dura provação de um recomeço em planeta ainda atrasado.

Os governadores espirituais do planeta escolheram para coordenar esse vasto processo um espírito do astral superior chamado Varuna Mandrekhan, que formou uma equipe atuante em muitos setores para apoiá-lo em suas atividades. Um planejamento detalhado foi encetado de tal forma que pudesse abranger de maneira correia todos os aspectos envolvidos nesse grave cometimento. Diversas visitas ao planeta que abrigaria parte da humanidade de Ahtilantê foram feitas, e, em conjunto com os administradores espirituais desse mundo, o expurgo foi adequadamente preparado.

Ahtilantê era um planeta com mais de seis bilhões de habitantes e, além dos que estavam ali renascidos, existiam mais alguns bilhões de almas em estado de erraticidade. O grande expurgo abrangeria todos, tanto os renascidos como os que se demoravam no astral inferior, especialmente os mergulhados nas mais densas trevas. Faziam também parte dos passíveis de degredo os espíritos profundamente desajustados, além dos assassinos enlouquecidos, dos suicidas, dos corruptos, dos depravados e de uma corja imensa de elementos perniciosos.

Varuna, espírito nobilíssimo, destacara-se por méritos próprios em todas as suas atividades profissionais e pessoais, sendo correto, justo e íntegro. Adquirira tamanho peso moral na vida política do planeta que era respeitado por todos, inclusive por seus inimigos políticos e adversários em geral. Os capelinos foram trazidos em levas que variavam de vinte mil a pouco mais de duzentas mil almas. Sob a direção segura e amorosa dos administradores espirituais, vinham em grandes transportadores astrais, que venciam facilmente as grandes distâncias siderais e que eram comandados por espíritos especializados em sua condução.

A Terra, naquele tempo, era ocupada por uma plêiade de espíritos primitivos, os quais serão sempre denominados terrestres nestes escritos, para diferenciá-los dos capelinos que vieram degredados para cá, a fim de evoluir e fazer com que outros evoluíssem. Uma das funções dos capelinos, aqui na Terra, era ser aceleradores evolutivos, especialmente no terreno social e técnico. Embora fossem a escória de Ahtilantê, eram mais adiantados do que os terrestres relativamente a níveis de inteligência, aptidão social e, naturalmente, sagacidade. Os terrestres, ainda muito embrutecidos, ingênuos e apegados a rituais tradicionais, pouco ou nada criavam de novo. Cada geração se apegava ao que a anterior lhe ensinara, atitude muito similar à em que vemos demorarem-se os nossos índios, que estagiam comodamente no mesmo modo de vida há milhares de anos.

Havia entre os exilados um grupo de espíritos que, em Ahtilantê, se intitulavam de alambaques, ou seja, dragões. Esses espíritos, muitos deles brilhantes e de sagaz inteligência, eram vítimas de sua própria atitude negativa perante a existência, preferindo serem ‘críticos a atores da vida’. Muitos deles se julgavam injustiçados quando em vida e, por causa desses fatos, aferravam-se em atitudes demoníacas perante os maiores. Era mais fácil para eles comandar a grande massa de espíritos inferiores que os guardiões do astral inferior, que eram em pouco número. Por isso, Varuna foi até as mais densas trevas, para convidar os poderosos alambaques a se unirem a eles e ajudarem as forças da evolução e luz a triunfarem sobre eventuais espíritos recalcitrantes. Varuna, através de sua atitude de desprendimento, de amor ao próximo e de integridade e justiça, foi acolhido, após algum tempo, pela maioria dos alambaques, como o grande mago, o Mykael, nome que passaria a adotar como forma de renovação que ele mesmo se impôs ao vir para a Terra. A grande missão de Mykael era não apenas de trazer as quase quarenta milhões de almas capelinas para o exílio, porém, principalmente, fundamentalmente, levá-las de volta ao caminho do Senhor, totalmente redimidas.
                                                                     
                                                                      (A saga dos Capelinos ; Albert Paul Dahoui)

Já temos conclusões científicas sobre a existência deste planeta e também podemos concluir que esta é uma história constatada, perfeitamente possível, da qual muitos de nós “sente” ter pertencido. Mestre Sananda disse que: “existem muitas moradas na casa de meu pai”. Portanto, podemos entender que há diversos mundos mais evoluídos que o nosso. Também sabemos que estão na Terra espíritos altamente evoluídos, com a função de estimular um renascimento da humanidade e nos preparar para a regeneração. Também sabemos que onde há Luz, as sombras se intensificam e que temos espíritos comprometidos com o mal que tentam trazer más influências ao nosso planeta. Estamos no início da Era de Aquário e nosso planeta está se regenerando para um mundo mais evoluído.



Façamos a nossa parte amando uns aos outros como a nós mesmos.



FONTES:
A caminho da luz (livro de Emmanuel / Chico Xavier);
Vinha de luz (livro de Emmanuel / Chico Xavier);
Exilados de Capela (livro de Edgar Armond)
A saga dos Capelinos ; Albert Paul Dahoui ( Transcrição na íntegra de alguns trechos)





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