domingo, fevereiro 23, 2020

FALANDO DO EGO

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A Psicologia define o Ego como um princípio de organização dinâmica, um diretor e avaliador que determina nossas experiências e ações, o núcleo da nossa personalidade. O termo apareceu em pela primeira vez em 1914 e se refere ao “Eu Ideal”, consta de um artigo escrito por Freud intitulado: “Uma Introdução ao Narcisismo”. E o que narcisismo tem a ver com ego? Tudo. É preferível não avanças demais nesta parte, porque o foco aqui é entender o que é o Ego, da possível. 

Basta saber que quando  somos bebês, precisamos ser ”narcisados” por nossos pais; necessitamos ser objetos de amor e desejo para conquistarmos uma noção unificada de nós mesmos. A criança se identifica com os anseios e as carências dos pais e isso fica incrustado na nossa psique a fim de constituírem os rudimentos do nosso eu. Um bebê nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu; a primeira coisa da qual ele se torna consciente não é ele mesmo é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Nascimento significa vir ao mundo: o mundo exterior e o bebê nasce nesse mundo, abre os olhos e vê os outros e o outro significa o tu.



FREUD –
O Ego ou Eu é o lugar em que “se reconhece”, o eu de cada um designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas da psique: Id, Ego e Superego. Para Freud, o ego é parte da personalidade que media as demandas do ID, Superego e da realidade. O ego nos impede de agir em nossos impulsos básicos, mas também trabalha para alcançar um equilíbrio com os nossos padrões morais e idealistas. Enquanto o ego opera tanto no pré-consciente quanto no consciente, os seus fortes laços com o ID significam que também opera no inconsciente.. Freud, em seus primeiros trabalhos, sugeria a divisão da vida mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, assim como a parte visível do iceberg, seria pequena e insignificante, preservando apenas uma visão superficial de toda a personalidade; a poderosa porção inconsciente - assim como a parte submersa do iceberg - conteria os instintos, as forças propulsoras de todo comportamento humano. O ego, para Freud, opera com base no princípio de realidade, que trabalha para satisfazer os desejos do id de uma maneira que seja realista e socialmente adequado. Por exemplo, se uma pessoa te fecha no trânsito, o ego te impede de perseguir o carro e agredir fisicamente o motorista infrator. O ego nos permite ver que esta resposta seria socialmente inaceitável, mas também nos permite saber que existem outros meios mais adequados de descontar nossa frustração.


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REICH –
O conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud e Reich apenas acrescentou o conceito de couraça caracterológica* que inclui a soma total de todas as forças defensivas repressoras organizadas de forma mais ou menos coerente dentro do próprio Ego. O Ego é lógico e racional. Sempre faz um meio campo entre o mundo interno e externo, lidando com a estimulação que vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Assim, o ego atua como mediador entre o id e o mundo exterior, tendo que lidar também com o superego, com as memórias de todo tipo e com as necessidades físicas do corpo. A sua energia é extraída do Id.

* Com esse raciocínio, as couraças de caráter eram vistas agora como equivalentes à hipertonia muscular. O termo Caráter Genital foi usado por Freud para indicar o último estágio do desenvolvimento psicossexual. Reich adotou-o para se referir especificamente à pessoa que adquiriu potência orgástica.

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JUNG - O “eu”, ou ego, é um termo usado por Jung para representar o complexo que constitui o centro da consciência. Ele compreende toda a consciência que um indivíduo tem de si, suas qualidades e características relacionadas ao contexto social a que pertence, sua personalidade total. O “eu” é uma função mediadora entre o consciente e o inconsciente, entre o individual e o coletivo. É ele que organiza a mente consciente por meio das percepções conscientes: pensamentos, sentimentos e recordações, e tem a função de vigiar a consciência, filtrando as experiências do dia-a-dia, selecionando quais se tornarão conscientes e quais serão relegadas ao inconsciente. Como consequência desta seleção e eliminação da consciência, que será comandada pela função psíquica dominante do sujeito, o “eu” dá identidade e coerência à personalidade. O Ego contém tudo aquilo que o sujeito sabe de si próprio, ou seja, todas as características por ele aceitas: aquelas que estão de acordo com os princípios, os ideais e os valores do contexto social em que o próprio sujeito se reconhece.

O ego é um fenômeno cumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se desde criança vivêssemos sozinhos, não desenvolveríamos um ego; permaneceríamos como animais, o que não  significa que conheceríamos nosso verdadeiro eu. O nosso Eu verdadeiro só pode ser conhecido através do falso, e por isso o ego é uma necessidade. Só conhecemos o nosso verdadeiro Eu através da ilusão, pois temos que conhecer o falso, para poder determinar o que é o verdadeiro.  Através desse encontro, nos tornamos capazes de reconhecer a verdade, pois se sabemos o que é mentira a verdade nasce em nós. 

O ego é uma necessidade social. A sociedade significa tudo o que está ao nosso  redor; tudo, menos nós. Nosso em torno é a sociedade (Matrix) e todos a refletem. Iremos à escola e o professor refletirá quem somos, faremos amizade com os outros e eles refletirão quem somos e tudo e todos estarão adicionando algo ao nosso ego, tentando modificá-lo, de modo que não nos tornemos um problema para a sociedade. Eles não estão interessados em nós, estão interessados na sociedade. A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Eles não estão interessados no fato de que nós deveríamos nos tornar conhecedores de nós mesmos. Interessa-lhes que nos tornemos uma peça eficiente no mecanismo da sociedade e nos ajustemos ao padrão. Os outros estão interessados em nos dar um ego que se ajuste à sociedade; nos ensinam como nos comportar e nos condicionam de maneira que nos ajustemos à sociedade. Se não seguirmos a "cartilha", seremos sempre desajustados em um lugar ou outro.

E passamos muito do nosso tempo, desejando sermos aceitos, sermos "bonzinhos". Ser "bonzinho", ter "moral", significa simplesmente que devemos nos ajustar à sociedade. A moralidade é uma política social, é a diplomacia, a educação e toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que deveríamos chegar ao autoconhecimento.


O conceito de “Eu Ideal” contempla a importância determinante do objeto externo na constituição psíquica. A atitude afetuosa dos pais revela algo  do próprio narcisismo colocado no bebê: o filho tenderá a ser supervalorizado, receberá os privilégios vetados aos adultos, o que corresponde à conhecida expressão de Freud: “Sua Majestade – o bebê”. Assim, os pais buscam em seu filho um reduto aos seus desejos narcísicos infantis, seus ideais de plenitude e de imortalidade. Essas expectativas parentais podem às vezes ser reconhecidas desde a escolha do nome atribuído ao bebê, quando há uma alusão a uma figura poderosa, bela, ou uma reprodução do próprio nome de um dos genitores. Mas se na constituição do Eu Ideal o papel principal tende a ser dos pais, cada indivíduo precisará romper esse mandato narcisista inicial ao longo do crescimento emocional, senão permanecerá subordinado aos ideais parentais. No desenvolvimento saudável, o esperado é uma gradual renúncia à onipotência narcísica, alinhada a uma ampliação das relações com a realidade externa, com suas inevitáveis frustrações. 

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Quando vc "se encontra" com o seu “Eu” com o conhecimento de si mesmo, precisa ter muito conhecimento sobre como o seu "mecanismo" funciona. Aqui na 3D somos representados pela fórmula C³ ( cabeça+ coração +corpo), e em nossa "cabeça" temos todo um complexo de processos e processamentos; a um desses "habitantes" denominamos: ego, que tanto pode nos salvar, como nos condenar. Somos salvos pelo coração, pois o amor sempre é a melhor resposta; Mestre Sananda já dizia “Ama ao próximo como a ti mesmo”. Todavia somos tentados regularmente pelo ego, que é parte integrante de nós mesmos. Pensando e procurando rever informações sobre essa questão e num exercício extenuante para adestrar o meu ego, encontrei um texto do meu amigo Juan Valdez muito interessante:

"Quando alguém decide tomar um caminho, na procura do conhecimento e da recuperação da energia, muitas coisas vão acontecer, teremos que ter coragem principalmente para enfrentar nosso maior inimigo: nosso mal educado ego, que se agiganta e se toma direitos que não lhe pertencem. 

É aquela voz interna superficial que toma conta de nossos pensamentos e que nos fala e justifica nossa falta de atitude e intenção, infunde muitas vezes um medo terrível, essa voz só se apagará quando entremos em espaços internos que ela não pode entrar, neste caso em meditação profunda nos espaços da alma e do coração. 

Quando falo meditação profunda não falo em dormir, a pesar que no início muita gente durma. O fato de dormir não faz mal, mais nos tira de nosso eixo geo magnético que é o aqui e agora, é nosso planeta e a conexão de força que ele nos transmite. 

Não podemos esquecer que nos somos transformadores de energia, estamos entre o céu e a terra. Na meditação preparamos nosso corpo para que ele suporte as mais altas vibrações totalmente em consciência, desta forma todos os trilhões de células físicas serão afetadas e com isso, nosso DNA será pouco a pouco normalizado com as frequências originais que por direito cósmico nos pertencem. 

Estamos vivendo uma época maravilhosa onde tudo isso esta acontecendo, só temos que ter firmeza, perseverança e muito, muito amor em nosso coração."                   

Bjos no Coração
Abraço na Alma
Namastê!
Saviitri Ananda – CRTH0230                                      

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